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Delcídio foi "fantasma" em sessão que manteve Aécio

Marta Ferreira | 18/10/2017 06:00

Lembrado – O ex-senador e ex-petista Delcídio do Amaral está longe do Senado desde maio de 2016, quando foi cassado, mas nesta terça-feira foi bastante citado durante a sessão que analisou a decisão do Supremo Tribunal Federal mandando afastar de Aécio Neves (PSDB), e devolveu o mandato ao tucano. Vários senadores discursaram comparando os casos e a diferença de tratamento.

Placar – Quando Delcídio foi cassado, após ser preso sob acusação de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, 74 senadores votaram contra ele. Nenhum a favor. No caso do afastamento de Aécio, foram 44 votos pró e 26 contra.

Exemplo - O deputado Junior Mochi, presidente da Assembleia Legislativa, afirma que o modelo de negociação de Mato Grosso do Sul com a JBS para um eventual ressarcimento ao governo do Estado pode servir de referência a outros estados que também foram prejudicados. No Estado, a CPI criada para investigar os negócios da empresa já conseguiu bloqueio de mais de R$ 730 milhões.

Antecipado - Mochi pondera que a CPI de MS saiu na frente das demais ao conseguir o bloqueio de bens na Justiça. Na avaliação dele, isso vai fazer a JBS sentar para negociar perante a Justiça.

Alerta - Relator relator da CPI, Flávio Kayatt (PSDB) afirma que os trabalhadores da JBS precisam ficar atentos para não serem colocados como 'massa de manobra' da empresa. Nas palavras dele, a empresa age em defesa dos próprios interesses próprios.

Cadê? - Os deputados questionaram o fato de no protesto de ontem dos trabalhadores na Assembleia não haver nenhuma representante da JBS. 'Está faltando alguém nesta mesa', disse Paulo Correa, depois que uma reunião foi realizada com os funcionários.


E esses? – Em publicação no Facebook, o deputado Paulo Kemp publicou foto de uma conversa com funcionários da empresa, classificando-os como representantes do grupo. Segundo o texto, no diálogo, a afirmação feita por eles é de que a companhia não queria mais problemas judiciais, o que estaria atrapalhando os negócios.

Troco – Três horas depois, continua Kemp, a JBS anunciou a paralisação das atividades nas unidades que abatem bovinos no Estado. A coluna apurou que os homens na foto são do setor de recursos humanos e não têm autorização para falar em nome da empresa.

Impacto – A decisão da companhia dos irmãos Batista de paralisar as atividades em MS preocupa um contingente grande. Além de 60 mil pecuaristas, boa parte deles fornecedores de gado para os frigoríficos, são 15 mil funcionários diretos e 60 mil indiretos. Considerando as famílias dessas pessoas, o número sobe para impressionantes 225 mil pessoas potencialmente atingidas.

Quórum – A reunião da bancada federal de MS que discutiu as emendas a serem apresentadas ao Orçamento Federal teve presença de metade dos parlamentares ontem. Participaram o coordenador, o senador Valdemir Moka (PMDB), a senadora Simone Tebet (PMDB) e os deputados Geraldo Resende (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Zeca do PT e Luiz Henrique Mandetta (DEM). O senador Pedro Chaves (PSC) e os deputados Carlos Marum (PMDB), Vander Loubet (PT), Eliseu Dionísio (PSDB) e Tereza Cristina (PSB) mandaram representantes.

(Com Leonardo Rocha)

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