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Delegado tenta "furar fila" para deixar prisão, mas Justiça diz não

Marta Ferreira, Lucia Morel e Nyelder Rodrigues | 05/01/2021 06:02
O delegado Fernando de Araújo da Cruz Junior, que está preso por assassinato. (Foto: Reprodução da internet)
O delegado Fernando de Araújo da Cruz Junior, que está preso por assassinato. (Foto: Reprodução da internet)

Tentei – O delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior teve novo pedido de habeas corpus negado pela Justiça estadual. A defesa do réu, que é acusado de assassinato de um boliviano no ano passado, alegava risco à saúde de Fernando ao permanecer detido em cela da 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Carandá Bosque, em Campo Grande.

“Carona” - O pedido de liberdade visava enquadrá-lo no benefício concedido a detentos do grupo de risco para contrair a covid-19, e cita o fato de outro preso do lugar, o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, ter testado positivo para a doença. O agente da PF, conhecido como “Jabá”, tentou ser liberado pelo mesmo motivo, sem êxito.

Saúde - A alegação dos advogados do delegado é de que ele corre risco maior porque tem pressão alta e diabetes. No entendimento do juiz Marcelo da Silva Cassavara, de Corumbá, onde o crime foi cometido, “não há nada nos autos a revelar que a 3ª DP não tenha condições de manter, o ora requerente, custodiado”.

“Fura fila” - Os advogados haviam entrado com a medida diretamente no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), no dia 24 de dezembro, mas ela nem foi analisada. O presidente da Corte, Paschoal Carmelo Leandro, argumentou que o pedido primeiro tinha de passar pelo juiz de piso.

Não sai - Para o magistrado de Corumbá, a manutenção da prisão do delegado é “indispensável”. Cassavara definiu como “incabível o pedido de prisão domiciliar ou outras medidas cautelares diversas da prisão”.

Reivindicação - A cerimônia de posse dos novos conselheiros do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) em Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (4),  foi marcada por críticas à forma como a categoria é tratada, principalmente durante a pandemia de covid-19. A doença já matou 14 profissionais da área.

Mudanças - "As palmas recebidas durante a pandemia fazem muito bem, mas não é só delas que precisamos. Precisamos, acima de tudo, de políticas. Políticas que vão refletir benefícios a toda a sociedade", discursou o conselheiro Sebastião Duarte, reconduzido à presidência.

Fortalecimento - Também durante os discursos, Dieimes da Silva, membro da comissão eleitoral, pregou zelo pela profissão para constituir, justamente, uma força de trabalho mais bem preparada diante das situações impostas recentemente na saúde.

Quantos – Segundo os dados do Coren, são 26 mil profissionais da área em Mato Grosso do Sul. Isso inclui enfermeiros, assistentes e atendentes, profissionais que tem contato direto, o dia todo, com os doentes.

Luto - A covid-19 levou mais um membro do Judiciário, o juiz aposentado Carlos Alberto Pedrosa de Souza. A morte ocorreu em Manaus (AM). Pedrosa atuou no Judiciário de MS por 18 ano, segundo homenagem recebida da associação dos juízes. A filha, Paola Silva de Souza, atua no Ministério Público do Amazonas.


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