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Governo estuda privatizar estatal do gás

Waldemar Gonçalves | 18/10/2016 06:00

Na berlinda – Setores do Governo do Estado defendem a privatização da MSGÁS, estatal de distribuição de gás natural em Mato Grosso do Sul. A justificativa está principalmente nos números da empresa, que andam mal das pernas, tornando o negócio pouco interessante. O consumo do combustível despencou 73% este ano, enquanto seu preço, atrelado ao do barril de petróleo, também sofreu queda acentuada.

Petrobras fora – O Governo do Estado tem 51% da MSGÁS, enquanto a Petrobras e a Mitsui controlam os outros 49%. O desinteresse da petroleira nacional pelo setor de gás natural – ela já anunciou que sairá de vez deste mercado – também fez o sinal amarelo acender no governo sul-mato-grossense.

ICMS do diesel – O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), não descarta a possibilidade de reduzir o ICMS do óleo diesel usado no transporte coletivo de Campo Grande, como forma de segurar eventual aumento no preço da passagem. “O que o governo puder fazer para baratear (a tarifa de ônibus), estamos abertos a discutir”, respondeu sobre a ideia, completando que por enquanto não há proposta da Prefeitura neste sentido.

Não segurou – Reinaldo coloca em dúvida, no entanto, a eficácia da medida. Lembra que a redução do ICMS do diesel feita em caráter experimental pelo Governo do Estado, em 2015, não segurou o reajuste no preço da tarifa.

Já respondeu – Reinaldo disse ontem que encaminhou há 15 dias ao deputado estadual e candidato a prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), a relação de todos os funcionários que trabalharam em seu gabinete na época em que também era parlamentar. Citado como ‘servidor fantasma’ na Assembleia Legislativa, Marquinhos tenta emplacar uma CPI para investigar as contratações da casa.

Nada a esconder – O governador, do partido de Rose Modesto, sua vice e adversária de Marquinhos na Capital, ressalta que não tem nada a esconder. "Quem tem que explicar é ele, que foi nomeado no gabinete no pai em 1986 enquanto estudava no Rio de Janeiro. Ou ele era funcionário fantasma ou estudante fantasma", disse.

ITR – Mato Grosso do Sul vai servir de exemplo para o governo de Michel Temer (PMDB), que quer elevar a arrecadação com o ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) dos atuais R$ 1 bilhão para até R$ 8 bilhões. O Estado implantou no ano passado um projeto piloto com o mesmo objetivo.

Estratégia bem-sucedida – Segundo reportagem do Valor Econômico, a estratégia de unir a experiência do Incra em parceria com fiscais da receita para melhorar a eficiência na cobrança do imposto deu tão certo em MS que agora será copiada no país. A matéria destaca que a arrecadação estadual cresceu 5 vezes após a alteração.

Eleição aberta – Na disputa pela Prefeitura da Capital, a candidata Rose Modesto (PSDB) voltou a dizer que neste segundo turno busca o apoio daqueles que votaram nulo ou nem compareceram às urnas. Ela ainda menciona que, em função destes indecisos, a eleição ainda está aberta e que está confiante em um crescimento na reta final.

Confronto e diálogo – O adversário de Rose, Marquinhos Trad (PSD), diz que aguarda confrontos diretos em eventos com a tucana no segundo turno, mas que sua intenção é o debate e discussão de projetos para cidade, sem ataques mútuos. Ele ainda destaca que está conversando com diferentes segmentos da sociedade civil, para mostrar que terá um governo de diálogo.

(com Leonardo Rocha, Ricardo Campos Jr., Priscilla Peres e AnahiZurutuza)

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