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Lula e Bumlai, das barrancas do Miranda para a Lava Jato

Waldemar Gonçalves | 15/03/2017 06:00

Lula, o massacre e Bumlai – No depoimento à Justiça Federal em Brasília ontem, em que entre outras coisas disse ser vítima de um “massacre”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou um pouco mais de sua relação com o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai.

Lula lá e Zeca aqui – Segundo Lula, ele conheceu Bumlai em 2000, durante a campanha presidencial, por intermédio de Zeca do PT, então governador de Mato Grosso do Sul. À época, o candidato petista foi até uma fazenda de Bumlai em Miranda para gravar um vídeo da propaganda eleitoral.

Sem peixes – “Até depois fui pescar nesta fazenda, fiquei quatro dias no Rio Miranda e não peguei nenhum peixe”. Depois disso, Lula ganhou as eleições e estabeleceu “uma relação com o Zé Carlos Bumlai”. O petista, no entanto, disse ter sabido pela imprensa de supostas negociações ilegais envolvendo o pecuarista e o Banco Schain.

Transparente demais – Ao ser questionado sobre o projeto que dá benefícios aos promotores do Estado, na contramão do que os órgãos públicos vêm fazendo, o procurador-geral do Ministério Público Estadual, Paulo Passos, disse que a instituição é atacada justamente por ter total transparência em seus atos. A mesma transparência trouxe à tona a reforma de R$ 66,8 mil, o chefe do MPE pretendia realizar em seu banheiro particular na Procuradoria.

Manda Whats pro Marquinhos – Moradora do Coronel Antonino queixou-se do atendimento na Unidade de Pronto Atendimento da região, ontem. De acordo com ela, no local havia apenas um pediatra, quando deveria ter quatro. Minutos depois a mesma pessoa narrou que conseguiu falar por WhatsApp com o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), e o atendimento foi reforçado.

Segurança – Com uma plateia de 14 membros da Guarda Municipal, entre outros agentes de segurança, no plenário da Câmara Municipal, o vereador Wellington Oliveira (PSDB) discorreu ontem sobre os problemas do setor em Campo Grande. Para, no fim, convocar a todos para uma audiência pública sobre um Plano de Segurança Municipal, a ser realizada no próximo dia 29 de março.

Debate – Antes, estão previstas mais duas audiências. No dia 22, a Comissão de Saúde quer debater com a população sobre a violência sofrida por profissionais da área nos postos da Capital. No dia seguinte, acontece a esperada sessão para discutir a regulamentação da Uber, com a presença de membros dos poderes Executivo, entre eles o prefeito, Judiciário e do próprio Legislativo.

Curiangos, não – Ainda sobre a regulação das ‘caronas pagas’, ontem foi a vez do representante dos auxiliares de motoristas de táxi usar a tribuna da casa de leis para expor as dificuldades e demandas da categoria. Também chamados de “curiangos”, ave de hábitos noturnos, os auxiliares não querem mais ser denominados dessa forma, pois não gostam do apelido.

Elogio – Durante as leituras de indicações de melhorias para os bairros da Capital, aconteceu algo que pouco se viu nos últimos quatro anos no Legislativo, vereadores elogiaram o chefe do Executivo. Tanto Ayrton Araújo (PT) quanto João César Mattogrosso (PSDB) parabenizaram o prefeito por atender solicitações.

Comitiva atrás de verba – O presidente da casa, João Rocha (PSDB), não participou dos trabalhos ontem. Assim como Marquinhos Trad, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e até o ex-chefe do governo estadual, André Puccinelli (PMDB), o vereador estava em Brasília para reuniões em busca de investimentos para Campo Grande.

(com Leonardo Rocha, Lucas Junot e Richelieu de Carlo)

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