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Jogo Aberto

O petista com digitais do relatório final da CPI da Saúde

Edivaldo Bitencourt | 06/12/2013 06:00

Atípicos – Os vereadores estão estranhos nos últimos dias. Com a perspectiva de mudarem de lado, da oposição para a situação, muitos decidiram evitar entrevistas e declarações polêmicas. A maioria foge das perguntas e joga a “batata quente” para as mãos do presidente da Casa, Mario Cesar (PMDB).

IPTU – A reação contra o reajuste do IPTU por decreto veio do lado menos esperado. Um dos poucos a reagir contra a medida foi o líder do prefeito na Câmara Municipal, Marcos Alex (PT). Mantendo a coerência, o petista cobrou que o reajuste deve ser feito por meio de lei municipal.

MPE – A CPI da Saúde da Assembleia Legislativa encaminhou, ontem, o relatório final para o MPE (Ministério Público Estadual). Apesar de não ter sido aprovado, o relatório do presidente, Amarildo Cruz (PT), também foi encaminhado junto com o de Junior Mochi (PMDB), endossado por quatro deputados estaduais.

Campo sem paz – Os índios e a Funai ignoraram solenemente a audiência pública para discutir o conflito entre produtores rurais e índios. O evento foi promovido na Câmara Municipal a pedido da vereadora Juliana Zorzo (SPC).

Caindo – O administrador regional da Funai em Campo Grande, Marco Aurélio Milken Tosta, que está arrumando as malas para deixar o cargo, também não apareceu. Ele enviou um ofício informando que estava em viagem. No entanto, não informou o motivo nem para onde foi a tal viagem.

Sem logística – Já os índios alegaram falta de transporte para ir até o legislativo municipal na Capital. Muitos vereadores ficaram com uma pulga atrás da orelha, já que ninguém pediu ajuda para deslocamento até a Capital. No dia anterior, os índios fizeram manifestação na Justiça Federal em Campo Grande, apesar do “problema da falta de logística”.

Gravata azul – Vários vereadores foram de gravata azul ontem na sessão da Câmara Municipal. Os aliados antigos e os futuros, como Zeca do PT e Jamal, alegaram que a cor simboliza a “paz e a neutralidade”. Só Paulo Pedra (PDT) justificou que a gravata era azul para combinar com o terno e a camisa.

Digitais - O relatório final da CPI da Saúde da Assembleia tem digitais de um petista. Apesar de ter sido criticado por alguns peemedebistas, o advogado Ronaldo Franco ajudou na elaboração do relatório final do deputado Junior Mochi, que foi aprovado por 4 votos a 1. Ele, inclusive, discordou do indiciamento de 12 pessoas, proposto em relatório separado pelo presidente da comissão, Amarildo Cruz (PT).

Motivo - Cruz tinha motivo mais do que especial de propor o indiciamento dos 12, incluindo-se o ex-prefeito Nelsinho Trad. O deputado estadual, que apoiou a campanha de Alcides Bernal desde o primeiro turno, foi o único graduado a emplacar um apadrinhado no primeiro escalão da prefeitura. Ele indicou o presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação). Entre os deputados, ficou claro que o petista agiu para tentar ajudar Bernal, que enfrenta uma grave crise política na Câmara.

Confronto – O presidente da OAB/MS, Júlio Cesar Rodrigues Souza, vai ter um dia daqueles hoje. A reunião do conselho promete se transformar em um campo de guerra. Ex-aliados e opositores prometem estar no mesmo lado para “metralhar” o dirigente, que caiu em desgraça após firmar contrato de trabalho com a administração de Alcides Bernal.

(colaboraram Cleber Clajus e Leonardo Rocha)

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