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"Picareta" defende "fique em casa", diz novo presidente do TJ

Ângela Kempfer | 25/01/2021 06:00
Eduardo Contar é empossado durante evento na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Eduardo Contar é empossado durante evento na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Bravo - Parece que as críticas à festa de posse do Tribunal de Justiça, realizada no Palácio Popular da Cultura na sexta (22), em plena pandemia, irritou bastante o novo presidente, Carlos Eduardo Contar. No discurso, o desembargador bateu pesado em quem alerta sobre a letalidade do coronavírus e chamou a mídia de “corrompida e partidária”.

“Quanta tristeza! Quanta vergonha! Quanta revolta!” - Com as 3 exclamações, ele começou o discurso, apesar de lembrar que foi recomendado a ficar quieto. “Primeiro, para não ser penalizado, neste tempo de caça às bruxas, onde até o simples direito de manifestar qualquer opinião que não seja a da grande a da grande mídia corrompida e partidária, também porque a idade vai ensinando que melhor do que estar certo é ser feliz, mesmo que padecendo com a revolta, a indignação e o inconformismo”.

Sem ser interrompido – Mas ele decidiu rasgar o verbo diante da chance de falar “sem ser interrompido”, e o discurso foi, inclusive, publicado na íntegra no fim de semana no site do Tribunal de Justiça. Ele falou de combater a “histeria coletiva, a mentira global, a exploração política, o louvor ao morticínio, a inadmissível violação dos direitos e garantias individuais”.

Contra o "fique em casa" - O novo presidente defendeu a volta ao trabalho e chamou quem prega o isolamento de “picareta”. “Deixemos de viver conduzidos como rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor, desprezemos pois o irresponsável, o covarde e picareta da ocasião que afirma ‘fiquem em casa’”.

Kit salvação - Ainda no time dos que criticam os especialistas contrários ao “kit cloroquina”, Contar condenou o que chama de “combate leviano e indiscriminado a medicamentos que – se não curam, e isto jamais fora dito – podem, simplesmente no campo da possibilidade, ajudar na prevenção ou diminuição do contágio, mesmo não sendo solução perfeita e acabada”.

Mau exemplo - Assim como o Campo Grande News, que questionou a necessidade do evento presencial de posse, com 300 convidados, no fim de semana o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem falando do "mau exemplo" do STF, e citou a posse do ministro Luiz Fux na presidência do tribunal, em setembro. E olha que lá foram só 48 convidados no plenário.

Outro lado - Em nota conjunta, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação Médica Brasileira afirmam evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no tratamento precoce para a Covid-19 até o presente momento. Pelo contrário, segundo as entidades, medicamentos como cloroquina, azitromicina e ivermectina podem causar arritmia cardíaca, sangramentos e inflamação no fígado.

Não foi só com a gente - Para quem tem “síndrome de vira-lata”, é bom saber que a gigante da moda, Zara, não abandonou apenas Campo Grande. A rede resolveu fechar as menores unidades, porque não têm “estrutura tecnológica que é necessária para unir canais físicos com o online”. A previsão era de começar os cortes no fim de 2019, antes mesmo da pandemia. Desde dezembro do ano passado a loja anunciava que fecharia no Shopping Bosque dos Ipês e no dia 31 próximo encerra de vez a história em Mato Grosso do Sul.

Pelo Brasil - No País, fecharam também as lojas de Joinville, em Santa Catarina, e Uberlândia, em Minas Gerais. Outras com os dias contados são as de São Bernardo do Campo, em São Paulo, Vila Velha, no Espirito Santo, e São José, em Santa Catarina, a vantagem por lá que esses municípios contam com outras opções em cidades vizinhas.

À míngua - A aceleração da alta do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) impediu o reajuste real de muita gente. No Brasil, 1/4 dos aumentos salariais em 2020 ficaram abaixo da inflação, o que significa perda do poder de compra dos trabalhadores. Os dados são da pesquisa Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que analisa convenções e acordos coletivos.

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