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Só falta a denúncia por execuções na Omertà

Marta Ferreira e Angela Kempfer | 17/10/2019 06:00
Mesmo sendo figura fácil por aqui, Zezé di Camargo foi bastante procurado para selfies. (Foto: Marcos Maluf)
Mesmo sendo figura fácil por aqui, Zezé di Camargo foi bastante procurado para selfies. (Foto: Marcos Maluf)

Objetivo principal - “O quanto antes” é a previsão de integrante da força-tarefa que investiga grupo de extermínio em Campo Grande - que levou à prisão o empresário Jamil Name, o filho dele, Jamilzinho, e mais 21 pessoas - para a apresentação à justiça da derradeira acusação da Operação Omertà. Trata-se da responsabilização de integrantes da organização criminosa por execuções ocorridas em Campo Grande em menos de um ano, motivo da abertura da investigação.

Casos – Quando a força-tarefa foi criada, em novembro do ano passado, foi para investigar três assassinatos: do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, 62 anos, em junho do ano passado, do empresário Marcel Hernandes Colombo, de 31 anos, em outubro de 2018, e de Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, assassinado também em outubro e apontado como ex-chefe de segurança do traficante Jorje Rafaat, por sua vez executado em 2015. Neste ano, em abril, mais um assassinato foi acrescentado ao trabalho investigatório, a morte do estudante Matheus Coutinho, 20 anos, cujo alvo era o pai do jovem, o capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Xavier.

Calhamaço – Já são quatro as ações derivadas da Operação Omertà e essa, pelos homicídios, seria a quinta denúncia, que pode ser em separado, uma para cada assassinato. O Gaeco, responsável por denunciar os envolvidos, não se manifesta a respeito. Os autos abertos para pedir autorização da operação, incluindo prisões e buscas, já passam de 8 mil páginas.

Outro não – Em menos de uma semana, a defesa do subtenente da Polícia Militar Silvio César Molina de Azevedo, 47 anos, preso desde junho do ano passado, recebeu duas respostas negativas do STJ (Superior Tribunal de Justiça), em pedidos para trancar a ação contra ele por chefiar quadrilha do tráfico de drogas. A alegação é de cerceamento da defesa, em razão da gravação das conversas no presídio federal onde ele está, em Mossoró (RN). Por ora, as duas liminares solicitadas foram negadas.

Só um - Na hora de agradecer a presença do cantor Zezé Di Camargo, durante lançamento do festival América do Sul, a diretora-presidente da Fundação de Cultura, Mara Caseiro caiu na cilada comum quando se trata de dupla sertaneja. "Vamos cumprimentar o Zezé di Camargo e Luciano...", disse, mas logo se recuperou, "quer dizer só o Zezé, a dupla estará lá em Corumbá", arrancando gargalhadas o público.

Figura batida - Questionado sobre mais uma vez por aquelas bandas, a quarta apresentação dos últimos tempos em Corumbá, Zezé também brincou que a conta deve ser bem maior, até porque ele adora pescar no Pantanal. “Deve ser a vigésima” vez que vai Cidade Branca.

Pescaria - Além das fotos e selfies que teve que tirar durante o evento, Zezé ainda vai receber o título de cidadão sul-mato-grossense, apresentado na Assembleia Legislativa. O governador também o convidou a vir um dia antes do show em Corumbá, para dar uma volta com ele no Rio Paraguai.

Hit - O lançamento do festival ainda teve a apresentação da dupla Tostão e Guarani, que cantou três músicas. Na última, em homenagem a Zezé, não resistiram e levaram o microfone para o cantor dar uma "palhinha" e cantaram um trecho da música "Preciso de Você", que é de autoria de Zezé.

Lula livre - O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, homenageado durante o 33° Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, em Campo Grande, voltou a criticar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como já vem declarando, Mello afirmou que o País vive um momento triste da história. “Basta dizer que o homem mais popular do Brasil está preso”, comentou

Esperança - Apesar de considerar a prisão “absurda” e “louca”, o jurista ainda tem esperança. “Mas se Deus quiser ele vai ser solto e vai corrigir todas as besteiras que têm sido feitas”, completou.

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