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Comportamento

Campo-grandense queria ficar, mas deixa a rota do furacão pela família

Bruno Dal Farra, que mora em Orlando há 8 anos, decidiu deixar a casa temendo as consequências pós-furacão

Por Thailla Torres | 09/10/2024 09:18
Além da esposa e da filha, Bruno levou os cachorros na viagem e tem compartilhado alguns detalhes em sua rede social para tranquilizar amigos e familiares no Brasil. (Foto: Reprodução Instagram)
Além da esposa e da filha, Bruno levou os cachorros na viagem e tem compartilhado alguns detalhes em sua rede social para tranquilizar amigos e familiares no Brasil. (Foto: Reprodução Instagram)

O ator e produtor de vídeo Bruno Dal Farra, de 35 anos, é um campo-grandense que vive nos Estados Unidos há 8 anos e, mesmo após já ter enfrentado furacões, decidiu nesta terça-feira (8) que era hora de pegar a estrada para se proteger com a família. Morador de Orlando, Bruno conta que, junto com amigos e outros brasileiros, organizou uma evacuação para a Geórgia, enquanto aguardam a passagem do furacão Milton, que deve atingir a costa da Flórida na madrugada desta quinta-feira (10). Embora Bruno quisesse ficar na casa em que mora para ver o furacão passar.

"Decidimos agora à noite subir para a Geórgia, vamos passar lá de quarta-feira até o furacão passar por aqui", relata Bruno. Ele explica que a preocupação maior não é com os estragos que o furacão pode causar diretamente, já que sua casa é de alvenaria e possui dois andares, o que oferece segurança. "Por mim, eu ficaria, mas a principal motivação é minha esposa, e vou ter que escutar até a situação se restabelecer", brinca.

Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC), Milton tem potencial para causar grandes danos, e milhares de pessoas já receberam ordens de evacuação. Para Bruno, no entanto, o maior problema é o pós-furacão. "A gente sabe que no furacão eles desligam a luz, e tudo na nossa casa é elétrico. Isso torna o pós-furacão muito chato", explica.

Apesar de já ter presenciado outros furacões ao longo dos anos, Bruno admite que a rotina de preparação para um evento desses ainda é algo difícil de se acostumar. "Os americanos são bem mais precavidos que a gente, já têm as coisas básicas prontas. Nós, brasileiros, deixamos para a última hora", afirma. Ele também comenta sobre o comportamento curioso da população local: "Aqui, o americano acaba com o papel higiênico, não sei explicar qual é o medo deles com isso."

Bruno estava em Campo Grande recentemente e, por isso, não conseguiu se preparar da maneira adequada. "A gente se prepara guardando água, enchendo a banheira, mas dessa vez não deu tempo", diz ele. Com a casa ainda abastecida, Bruno e sua família decidiram partir antes que a situação se complicasse. "Vamos pegar mais ou menos nove horas de estrada até chegar à Geórgia, e lá ficamos até o furacão passar", conta.

Bruno chegou a fazer uma live na noite desta terça-feira (8) com um amigo de Campo Grande. Deu risada, amenizou a situação e cogitou permanecer na residência, mas mudou de ideia pela família, levando a esposa, a filha e os cachorros.

Em suas redes sociais ele em compartilhado detalhes para tranquilizar amigos e familiares que estão no Brasil. Em uma das filmagens ele até encontrou outro campo-grandense.

A saída das famílias e a evacuação em massa já deixaram muitas cidades da Flórida vazias, e congestionamentos marcam as rodovias. A expectativa é que o furacão Milton perca força após tocar a terra, mas até lá, Bruno e sua família preferem não arriscar e seguem para um refúgio mais seguro.

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