Copão já era, moda agora é balde de bebida para dar vexame no Carnaval
Baldões de bebida é a nova moda para se embriagar no Carnaval, e claro, tem gente que passa do ponto
Carnaval sempre foi sinônimo de festa, fantasia e, claro, bebida. Mas, se antes os foliões seguravam seus copões de catuaba ou corote, agora a nova tendência é dividir um baldão de até dois litros com os amigos. A ideia, além de ser econômica, virou um símbolo da folia coletiva: quanto maior o balde, mais chances de todo mundo sair "alegre"..
Se a intenção era beber e dividir com a galera, deu certo. Quem confirma é Vitória Pereira, de 18 anos, que aproveitou o Carnaval ao lado da prima. “Ah, é diversão, né, galera? Vale a pena, sempre um baldão. Daqui a pouco a gente talvez volte pra comprar outro. Mas bebam com moderação, pelo amor de Deus, não vão fazer besteira nesse Carnaval”, brinca.
A lógica do baldão é simples: mais bebida, mais barato, e a garantia de que ninguém da turma fica de bico seco. Evelyn Souza, que montou uma barraca para vender os baldes na Avenida Mato Grosso, explica como funciona.
“A gente tem o balde de um litro e meio e de dois litros. No de um litro e meio, vai dois gelos saborizados, metade do balde de uísque e completa com energético. O de dois litros tem três gelos saborizados, mais uísque e energético da preferência do cliente. A vodka também sai bastante”, detalha.
O preço, segundo os vendedores, varia entre R$ 35 e R$ 80, dependendo da bebida escolhida. O sucesso foi tanto que Evelyn perdeu até a conta de quantos vendeu. “Não tenho nem ideia. A maior procura [na barraca de bebidas] foi pelos baldes. No primeiro dia a gente vendeu tudo!”, conta.
Jennyffer Rosa, outra vendedora que montou barraca no Carnaval, confirma o fenômeno. “Ontem trouxe 60 baldes e vendeu tudo! Hoje tive que repor. O pessoal compra junto com os amigos, racha os custos e sai todo mundo feliz.”
Mas tem aqueles que dispensam dividir. “Sempre tem, o pessoal pra beber sozinho”, revela Evelyn.
Da euforia ao vexame: quando o baldão passa do ponto - A ideia de um baldão coletivo pode ser divertida, mas nem todo mundo sabe o momento de parar. Afinal, estamos falando de um balde com metade uísque, metade energético. A conta não fecha bem para alguns foliões, que acabam bebendo além da conta e protagonizando cenas de arrependimento no dia seguinte.
Jennyffer já viu de tudo. “Ontem teve gente que ficou tonto, caiu, deu uma baqueada. A bebida bate rápido, principalmente pra quem toma sozinho. Alguns tomam um baldão e depois somem, só voltam no dia seguinte”, relata.
O vendedor Àdamo também coleciona histórias de foliões que exageraram na dose. “Tem gente que começa a cambalear igual lutador de Street Fighter, querendo abraçar todo mundo sem motivo. Outros esquecem sacolas, celular, até amigos. Já vi cara que bebeu em várias barracas e depois foi embora sem lembrar onde tava”, conta.
Quando conversaram com o Lado B, Anderson do Nascimento, de 20 anos, e o primo Leonardo de Souza, de 19, já estavam no segundo baldão e planejavam o terceiro. “Vamos tomar o quanto o corpo aguentar, até o limite”, disse Leonardo.
Mas qual é esse limite? Essa é a pergunta que muita gente esquece de se fazer quando já está no meio da folia.
No fim, fica a dica valiosa da foliona Vitória Pereira: “Bebam com moderação, pelo amor de Deus! Não vão fazer besteira nesse Carnaval.” Porque, se tem algo que passa mais rápido que a ressaca, é a vergonha alheia que vira piada pro resto do ano.
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