Mosquitão não se abala com zoeira sobre aparência e faz até revelação
Lado B falou com a pessoa que dá vida ao personagem usado para conscientizar sobre os riscos da Dengue

Ele é grande, peludo, tem asas douradas e um olhar meio caído, mas garante que é do bem. O Mosquitão da Dengue, personagem usado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para conscientizar sobre a doença, entrou na zoeira sobre sua aparência e até fez uma visita especial ao Campo Grande News.
Mas acredite: o mosquito que hoje luta contra a proliferação do Aedes aegypti tem um passado surpreendente. Em entrevista ao Lado B, fez uma revelação bombástica: já foi Zé Gotinha em um desfile cívico! Sim, de disseminador da dengue ele também foi herói da vacinação.
"Não tem rixa com o Zé Gotinha, não. Já fui ele também! Mas agora estou no time do Mosquitão, para conscientizar as pessoas e dar o recado que a dengue não é brincadeira", contou Eduardo, o agente de combate a endemias que dá vida à fantasia.
Por dentro do Mosquitão - Se por fora o personagem chama atenção com a barriga vermelha e dentes avantajados, por dentro, a situação é mais complicada. Eduardo revelou que o calor dentro da fantasia de veludo é intenso.
"Não faço ideia de quanto pesa, mas sei que é bem quente. Aguento no máximo meia hora direto, depois tenho que fazer uma pausa e tomar muita água", explicou.
E se engana quem pensa que o Mosquitão só causa espanto. Segundo ele, depois do susto inicial, as pessoas se divertem com a figura inusitada. "No começo, todo mundo estranha, né? Mas depois pegam carinho, querem tirar foto e até abraçar. O pessoal entra na brincadeira", revela.
Mosquitão x Zé Gotinha: uma disputa acirrada - E se rolasse um embate entre os personagens da saúde pública, quem venceria? O próprio Mosquitão já tem sua resposta:
"O pessoal gosta mais do Zé Gotinha, né? Ele é mais fofinho. Mas estou aí para disputar espaço, vamos ver", diz.

De fato, a história mostra que os mascotes da saúde podem causar grande impacto. Quem não lembra do Zé Gotinha de Maracaju, que viralizou em 2018 com sua fantasia "diferenciada" e um tanto assustadora? Apesar das zoeiras na internet, a polêmica ajudou a aumentar a adesão à vacinação, provando que personagens excêntricos podem ser aliados importantes na conscientização.
Toni Carlos Álvares Dobis, chefe de serviço de endemias vetoriais da Sesau, explicou que o Mosquitão foi criado para ser uma ferramenta lúdica na educação sobre a dengue. O projeto é uma parceria com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), que emprestou a fantasia.
"Ele chama atenção pela aparência, mas o que importa mesmo é o impacto que gera. Queremos que a população entenda a gravidade da dengue e o papel de cada um no combate ao Aedes aegypti", destacou.
E, apesar do bom humor do personagem, o alerta é sério. Após 18 anos, o sorotipo 3 da dengue voltou a circular em Campo Grande. Até agora, a cidade já registrou 929 notificações da doença.
"O Mosquitão é uma maneira de ensinar se divertindo. Mas, no fim das contas, o importante mesmo é que cada um faça sua parte. Dengue é coisa séria!", reforçou Toni.
Se depender da Sesau, o personagem ainda tem muita história para contar – e muita zoeira para entrar. "Hoje temos até fila de servidores querendo ser o Mosquitão!", revelou Toni.
Enquanto isso, o próprio personagem segue sua missão: assustar, divertir e, acima de tudo, conscientizar. "Sou um Mosquitão do bem! Mas não vacilem, hein? Nada de água parada por aí!", avisa.
Então fica o recado: se encontrar o Mosquitão na rua, pode brincar, tirar foto e dar risada. Só não pode dar mole para o verdadeiro Aedes aegypti , o vilão de verdade.
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