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Diversão

Laucídio Coelho diz que, sem shows, Expogrande perde sua principal função

Ângela Kempfer | 12/03/2012 09:56
Laucídio Coelho foi presidente da Acrissul por 10 anos.
Laucídio Coelho foi presidente da Acrissul por 10 anos.

Durante dez anos ele foi o presidente da Acrissul em um parque batizado com o nome do avô. Laucídio Coelho deixou o cargo há 3 anos e agora acompanha pelos jornais a possibilidade de fim de uma feira que por tempos foi uma das razões do trabalho a frente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul.

A Expogrande está mantida, mas os shows não vão ocorrer neste ano, o que para Laucídio é algo extremamente prejudicial à maior função da feira: levar o urbano ao cenário rural.

“É uma vitrine para o que produzimos aqui no Estado, mas é, principalmente, o momento em que o homem da cidade vê a importância do que é feito no campo. E ninguém vai lá só para ver boi, tem de ter shows”, argumenta.

Para resumir o que está sentindo, Laucídio diz apenas estar “triste, muito triste mesmo”. Na sequência emenda uma série de situações que considera ilógicas diante da proibição de apresentações musicais no Parque de Exposições.

“Armam a Cidade do Papai Noel na Afonso Pena e lá pode. Fazem shows na Praça do Papa e lá pode. Tem quatro dias de Carnaval na Fernando Correa da Costa e lá pode. Como entender isso. Se o Parque de Exposições não tem estrutura para aglomeração de gente, nenhum outro lugar tem”, reclama.

O ex-presidente também cita uma infinidade de pontos explorados da mesma foram, Brasil a dentro. “Em Copacabana fazem shows, em Salvador o Carnaval é pelo centro. Aqui nossa vocação é rural, é a manifestação mais importante nossa”.

Há 74 anos os shows ocorrem junto com a Expogrande, mas em 2012 as apresentações foram proibidas pela Justiça, depois de ação do Ministério Público Estadual.

Sobre os motivos que levaram à proibição judicial, se políticos ou econômicos, Laucídio desconversa. Diz apenas que durante os 10 anos na presidência ouviu algumas reclamações de vizinhos, mas a conversa sempre deu “jeito em tudo”. “A gente conseguiu que os músicos reduzissem a altura do som e tudo ficou certo”.

Ele é contra transferir a Acrissul para outro local por achar que no futuro outro problema surgiria. “Não conheço ninguém que não tenha vizinho”, explica.

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