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Diversão

Na copa das zebras, o que tem por aí é gente frustrada e bolão acumulado

Paula Maciulevicius | 23/06/2014 17:49
Na agência de propaganda, a falta de gol faz sobrar frustração e acumular as apostas. (Foto: Reprodução/Facebook)
Na agência de propaganda, a falta de gol faz sobrar frustração e acumular as apostas. (Foto: Reprodução/Facebook)

Seleções desenganadas. Quem a maioria achava que seriam as primeiras a deixar a Copa estão ganhando dos grandes times. A atual campeã arrumou as malas ainda na segunda rodada. Pois é, a Copa das Copas também está sendo a das zebras nos bolões da cidade. A falta de gol faz sobrar frustração nos palpites entre amigos e acumular as apostas.

A secretária Bruna Barbosa Bacargi, de 24 anos, que o diga. Em três jogos do Brasil ela ainda não acertou nenhum placar. “Os resultados estão bem confusos, nada do que eu tinha planejado”, comenta. No setor de orçamento onde trabalha ela entrou no bolão com outras 15 pessoas.

“Fiquei chateada, porque tem aquela competiçãozinha no serviço. O WhatssApp fica bombando na hora de jogo. Contra a Croácia, meu palpite ficou um bom tempo na frente, mas daí o Brasil marcou mais um e eu perdi”, descreve.

O administrador por profissão e também do bolão, Wagner de Moura, de 27 anos, avalia os placares como 'elásticos' e não só da seleção canarinho. “Quem ganha depois empate ou perde nos outros jogos. Não dá para falar de favorito não, a não ser do Brasil, porque é Brasil”, opina.

No jogo entre Brasil e México ele estava confiante e marcou 4x0. Não teve gol, nem de um lado e nem de outro. “Teve uma pessoa só que achou que daria empate, mas mesmo assim marcou 2x2”, completa. No bolão dele, não teve ninguém que acertasse o placar daquela partida.

Na agência de propaganda onde Marco Cardoso, de 30 anos é redator, o bolão começou numa brincadeira entre os colegas. Do segundo jogo em diante mais gente aderiu, mas ninguém levou. “Acumulou do jogo passado, mas ninguém acertou o 0x0. Todo mundo empolgou e chutou alto”, explica. O resultado é que o bolão acumulou.

Na avaliação de quem entende, Marco não se diz frustrado com o desempenho do Brasil, mesmo que isto lhe custe a grana do bolão. “Para mim não foi muita novidade, o Brasil jogou contra o México sem o Hulk, que faria diferença no meio campo. Acho que demorou um pouco para engrenar”, comenta.

Para a partida desta segunda, contra Camarões, ele investia num palpite mais empolgado, de 5x0 e também não acertou. “Se eu ganhar, levo tudo sozinho, senão ganhar, vale a diversão”.

Na mesma empresa, o diretor de arte Paul Gomes, de 22 anos, foi quem levou, junto de uma colega, o bolão da primeira partida. A surpresa veio do segundo jogo. “O México não estava com essa bola toda, não achei que o Brasil jogou mal”, avalia. Frustrado ele não está porque leva a brincadeira na esportiva. “Tem coisa muito mais séria”, complementa.

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