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Diversão

Série da Netflix tem fuzilamento de narcotraficante que marcou MS

A cena é retratada por meio de flashbacks durante conversa entre os personagens Raul e Moreira

Por Idaicy Solano | 24/11/2023 07:41

O segundo episódio de DNA do Crime, nova série policial da plataforma de streaming Netflix, tem cena que reproduz o fuzilamento que culminou na morte do narcotraficante Jorge Rafaat, em 2016. Baseado em fatos reais, o roteiro concentra as trajetórias de Rafaat e Fahd Jamil no mesmo personagem, “Ryad”, o “rei da fronteira”, alvo de organização criminosa em busca de domínio da região entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

A cena, ambientada em um bar no Bairro Cha La Reina, no Paraguai, começa com uma conversa entre os personagens Raul e Moreira, a respeito do crime organizado na fronteira. Raul afirma que a situação está “sossegada” e conta para Moreira sobre o assassinato de Ryad, apresentado como o “mandachuva” no narcotráfico.

O diálogo se passa um ano após o fuzilamento, que é retratado para o espectador por meio de flashbacks. Na cena, a última pessoa a falar com Ryad, por meio de uma ligação, é a esposa do narcotraficante. No breve diálogo antes da morte, o personagem chega a tranquilizar a mulher, que estava preocupada. No momento seguinte, cai na emboscada dos assassinos e é fuzilado.

Sinopse - A série é uma produção nacional e original da Netflix, baseada na investigação de um assalto a uma seguradora de valores na fronteira do Paraguai, que sofreu um rombo de US$ 11 milhões, em 24 de abril de 2017. O crime foi executado por cerca de 30 bandidos, equipados com diversas armas letais.

A produção é dirigida e escrita por Heitor Dhalia e estrelada por Maeve Jinkings e Rômulo Braga, que interpretam dois policiais federais de Foz do Iguaçu responsáveis por caçar a quadrilha responsável por roubo a bancos na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Crime - O empresário e narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi executado com vários disparos após cair em uma emboscada no início da noite do dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero - cidade que faz fronteira com a brasileira Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

A execução ocorreu em uma rua do Centro de Pedro Juan, perto do mercado municipal da cidade. Rafaat seguia em uma Hammer blindada, porém, o veículo não suportou o calibre das munições usadas e ele acabou sendo atingido e morto no local.

Carro de Rafaat fuzilado em 2016 (Foto: Arquivo)
Carro de Rafaat fuzilado em 2016 (Foto: Arquivo)

Quem foi Jorge Rafaat - Natural de Mato Grosso do Sul, Rafaat tinha dupla nacionalidade - brasileira e paraguaia - e se radicalizou em Pedro Juan Caballero em 1987, no ano em que se formou em direito. Também foi um comerciante influente no comando dos negócios em Pedro Juan Caballero.

No início dos anos 90, Jorge Rafaat conheceu Luiz Carlos da Rocha, conhecido como “Cabeça Branca”, e juntos fortaleceram a rede de distribuição de maconha que Rafaat já tinha criado no Paraguai. Através dessa aliança, os dois montaram uma poderosa rede para distribuição da cocaína produzida no Peru e na Bolívia, que entrava no Brasil pela fronteira com MS.

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