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Lado Rural

Boletim prevê produção de 11,2 milhões de toneladas de milho 2ª safra em MS

Entretanto, há riscos com a produção já que 54% do milho foram cultivados fora da janela ideal de semeadura

José Roberto dos Santos | 05/07/2023 15:55
Colheitadeira avança sobre campos de milho na safra passada; este ano a área é maior, mas riscos com plantio tardio pode afetar produtividade. (Foto: Arquivo/Governo MS)
Colheitadeira avança sobre campos de milho na safra passada; este ano a área é maior, mas riscos com plantio tardio pode afetar produtividade. (Foto: Arquivo/Governo MS)

Em Mato Grosso do Sul, a área destinada ao cultivo de milho segunda safra 2022/2023deve registrar um crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,325 milhões de hectares. A previsão é do boletim do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Aprosoja/MS e o Sistema Famasul.

A expectativa, aponta o boletim, é de uma produtividade média de 80,33 sacas por hectare. Esses números apontam para uma estimativa de produção de aproximadamente 11,206 milhões de toneladas de milho. No entanto, a porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/2023 está cerca de 3,50 pontos percentuais abaixo do mesmo período da safra anterior, considerando os dados até 30 de junho.

A área ainda está em levantamento, o que indica que podem ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista.

Atualmente, cerca de 30,11% da safra de milho 2022/2023 já está comercializada.

Cultivo fora da janela

“Apesar das expectativas positivas, existem fatores que precisam ser observados de perto pelos produtores. Um deles é a incerteza em relação à cultura, uma vez que 54% da produção de milho em Mato Grosso do Sul está fora da janela ideal de semeadura. Essa situação aumenta o risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo. É necessário monitorar cuidadosamente as condições meteorológicas e adotar estratégias para minimizar possíveis perdas”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O boletim do Projeto Siga aponta que, no mês de junho, por exemplo, ocorreu uma geada nas regiões Oeste, Centro e Sudoeste do Estado, afetando municípios como Bonito, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhantes, Antônio João e Ponta Porã. “Felizmente, a geada foi localizada e de baixa intensidade, não causando danos significativos nas lavouras de milho segunda safra. Esse resultado aliviou as preocupações dos produtores, mas reforça a importância de monitorar de perto as condições climáticas”, reitera o documento.

* Com informações da Semadesc ((Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) 

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