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Lado Rural

China autoriza desembarque de carne brasileira estocada até 3 de setembro

São cerca de 140 mil toneladas de carne armazenadas em portos chineses aguardando liberação

José Roberto dos Santos | 23/11/2021 12:04


A GACC (Administração Geral de Alfândegas da China) autorizou, nesta terça-feira (23/11), o desembarque de cargas de carne bovina que haviam sido certificadas antes do dia 4 de setembro, quando começou o embargo ao produto brasileiro por causa do registro de dois casos atípicos de mal da vaca louca no País, em frigoríficos de Minas Gerais e Mato Grosso. As informações foram repassadas hoje pela Agência Reuters e também pelo jornal Valor Econômico.

São cerca 140 mil toneladas de carne bovina que estão nesta situação nos portos da China. A medida não representa, no entanto, o fim da restrição de exportação ao país. Considerando um preço médio de R$ 6,5 mil por tonelada, o valor total do estoque seria de US$ 900 milhões.

“Continuamos as negociações para retomar as exportações da carne brasileira para aquele país”, afirmou a ministra do Mapa, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, em vídeo distribuído à imprensa. A liberação foi comunicada hoje, 23, pela GACC à embaixada brasileira em Pequim.

A suspensão dos embarques de carne bovina brasileira à China completam 80 dias, cenário que derrubou o abate de bovinos no terceiro trimestre e o volume de exportações da proteína no mês de outubro.

A alfândega chinesa atualizou seu site nesta terça-feira (23/11) para informar que agora está aceitando pedidos de importação de carne bovina certificada antes da suspensão. Não ficou claro quanto tempo esses procedimentos levariam, de acordo com a agência Reuters.

O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina da China, atendendo a cerca de 40% de suas importações, e os compradores esperavam inicialmente que o comércio fosse retomado em algumas semanas.

Ainda não há previsão de fim do embargo. Em Mato Grosso do Sul, em 60 dias, o embargo derrubou o preço da arroba em cerca de 15%.

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