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Lado Rural

Milho sobe no mercado internacional e mexe nos preços do frete rodoviário de MS

No mercado interno os fretes subiram em função da demanda por escoamento do grão

Por José Roberto dos Santos | 31/10/2023 15:26
Caminhão transporta safra de grãos de Mato Grosso do Sul; no Estado a maior parte da colheita é transportada por rodovias. (Foto: Arquivo/Governo MS)
Caminhão transporta safra de grãos de Mato Grosso do Sul; no Estado a maior parte da colheita é transportada por rodovias. (Foto: Arquivo/Governo MS)

Em setembro deste ano, os preços de fretes em Mato Grosso do Sul oscilaram em relação ao mês anterior, devido à reação dos preços do milho, a partir da elevação das cotações internacionais do cereal, da valorização do dólar e da demanda interna. A análise é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que acaba de publicar o Boletim Logístico do mês de outubro, que avaliou fretes praticados para os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Algumas praças pesquisadas também registraram alta, em função da demanda por escoamento do milho na direção das regiões consumidoras do Sul e Sudeste. Já a redução de preços em outras praças, pode ser explicada pelo fato de que muitos vendedores de grãos permaneceram resistentes às ofertas que não atingiram os patamares idealizados para venda no mercado interno.

As maiores oscilações negativas no preço dos fretes, no comparativo de setembro de 2023 em relação ao mês anterior, deram-se no trecho Dourados (MS) a Maringá (PR), que caiu 15%; Naviraí (MS) a Maringá (PR), caiu 28%; São Gabriel do Oeste e Maracaju (MS) a Maringá (PR), que caiu 12%.

Os preços subiram nos trechos Caarapó (MS) a Maringá (PR) em torno de 14% e, de Sidrolândia (MS) para Santos (SP), subiu em torno de 12%. Veja quadro da Conab com as oscilações no rodapé da matéria.

Soma-se a isso, a maior oferta de caminhões após o fim da colheita do milho segunda safra. Em Mato Grosso do Sul a colheita do milho encerrou-se oficialmente no dia 27 de outubro, com três semanas de atraso ocasionado pela demora na colheita da soja, causada pelo excesso de chuvas.

Porto de Paranaguá

Segundo a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o volume crescente de grãos descarregados pelo Mato Grosso do Sul no Porto de Paranaguá fez do Estado do Centro-Oeste do País o segundo maior usuário desta estrutura portuária, atrás apenas do Paraná. A previsão é que o volume aumente ainda mais quando forem implantados os projetos estratégicos do Governo do Paraná para aprimorar a logística para transporte e desembarque de mercadorias no porto.

Segundo dados do Comex Stat, plataforma estatística de comércio exterior do Brasil, consta que durante setembro, foram movimentadas 672,9 mil toneladas de milho com destino à exportação. No tocante à soja foram exportadas, 434,7 mil toneladas e as rotas com destino às exportações mais utilizadas, foram aquelas rumo ao porto de São Francisco do Sul (PR), porto de Paranaguá (PR), porto de Santos (SP), porto fluvial de porto Murtinho (MS) e porto do Rio Grande (RS).

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