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Lado Rural

Riedel critica boicote do Carrefour à carne do Mercosul e defende produtores

Por Gabriela Couto | 22/11/2024 17:28

O governador Eduardo Riedel, se manifestou com indignação nesta quinta-feira (22) sobre a decisão do Carrefour de suspender a compra de carne de países do Mercosul, uma medida anunciada pelo CEO da empresa, Alexandre Bompard, na quarta-feira (20), em um pronunciamento oficial na França. O descontentamento ficou público durante divulgação de uma parceria com a Nuffield, nas redes sociais. Confira o vídeo acima.

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) manifestaram indignação com a decisão do Carrefour de suspender a compra de carne do Mercosul, classificando-a como um "absurdo comercial". A medida, tomada em resposta à negociação entre o Mercosul e a União Europeia, gerou um boicote recíproco de grandes frigoríficos brasileiros, que interromperam as vendas para as redes do Carrefour no Brasil. Outras redes de supermercados europeias também aderiram ao boicote, enquanto o Mapa repudiou a atitude protecionista e defendeu a qualidade e segurança da carne brasileira.

Em sua declaração, Riedel afirmou que a atitude do Carrefour não pode ser aceita e representa um "absurdo comercial" que prejudica a relação entre o Brasil e o mercado internacional.

“Nós estamos acompanhando a discussão do Carrefour inibindo e proibindo a compra de carne do Mercosul. É esse tipo de coisa que queremos combater, absurdos comerciais que transportam para essa relação algo negativo”, criticou o governador.

A decisão do Carrefour, de não mais importar carne do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, faz parte de uma estratégia para pressionar contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. O CEO do grupo francês, Alexandre Bompard, destacou que a medida visa a postura da União Europeia em relação ao bloco sul-americano.

Em resposta, grandes frigoríficos brasileiros, como JBS, Marfrig e Minerva, além de outras indústrias de médio e pequeno porte, anunciaram que não venderão mais carne para as redes do Carrefour no Brasil, incluindo as bandeiras Atacadão e Sam’s Club.

A medida foi uma reação ao boicote imposto pela empresa francesa e obteve o apoio de diversas entidades do agronegócio, como a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), que também repudiou a atitude.

Além disso, o movimento foi ampliado com a adesão de outras redes de supermercados. O CEO do grupo francês Les Mousquetaires, Thierry Cotillard, declarou que suas redes, Intermarché e Netto, também adeririam ao boicote à carne do Mercosul. Ele confirmou a decisão em uma publicação nas redes sociais, alinhando-se ao Carrefour no bloqueio da comercialização de carne sul-americana.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também se posicionou contra a decisão. Em nota oficial, a pasta lamentou o boicote, classificando-o como uma postura protecionista que prejudica a imagem dos produtos brasileiros, sem apresentar justificativas técnicas ou científicas. O Mapa reafirmou que o Brasil não aceitará tentativas de desmerecer a qualidade e a segurança de sua carne, nem os compromissos ambientais assumidos pelo país.

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