Safrinha de milho cresce 68% e Mato Grosso do Sul colhe safra recorde
Entidade aponta 14,2 milhões de toneladas e produtividade média de 112,7 sacas por hectare

A produção de milho na segunda safra 2024/2025 cresceu 68,2% em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) divulgado nesta terça-feira (7).
RESUMO
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A produção de milho na segunda safra 2024/2025 em Mato Grosso do Sul atingiu recorde de 14,2 milhões de toneladas, um crescimento de 68,2% em relação ao ciclo anterior. O resultado positivo é atribuído ao volume favorável de chuvas em abril e às condições climáticas adequadas. A área plantada totalizou 2,1 milhões de hectares, com produtividade média de 112,7 sacas por hectare. Apesar do recorde, o milho perdeu espaço para outras culturas de segunda safra, ocupando atualmente 46% da área antes destinada à soja, contra 75% em anos anteriores.
O levantamento mostra que o Estado colheu 14,2 milhões de toneladas, resultado do bom volume de chuvas em abril e do clima favorável à recuperação das lavouras. A produtividade média foi de 112,7 sacas por hectare, alta de 68,1% em relação ao ciclo anterior.
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O relatório faz parte do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) e teve como base uma amostragem de 10% da área estimada, equivalente a 221 mil hectares. A área plantada cresceu 0,1% em comparação à safra 2023/2024 e totalizou 2,1 milhões de hectares. A maior parte do milho, 70,5%, foi plantada entre a segunda semana de fevereiro e a terceira de março, dentro da janela ideal.
O bom desempenho é atribuído principalmente às chuvas registradas em abril, que favoreceram lavouras nas fases entre a 10ª folha e a formação dos grãos. Mesmo com geadas na quarta semana de junho, que atingiram cerca de 35 mil hectares nas regiões central e sul, as perdas variaram de 10% a 30% nessas áreas e não comprometeram o resultado estadual.
No boletim a Aprosoja destaca que, apesar do recorde, a cultura perdeu espaço para outras opções de segunda safra. Atualmente, o milho ocupa 46% da área que antes era destinada à soja, proporção bem menor que os 75% registrados em anos anteriores. Segundo a entidade, o recuo ocorre por causa do aumento dos custos de produção e da instabilidade climática, que elevam os riscos para os produtores.
A colheita da segunda safra foi concluída no fim de setembro, consolidando o melhor desempenho dos últimos anos. O levantamento seguirá até o fechamento completo das análises de produtividade, mas os dados preliminares já indicam que o Estado deve manter posição de destaque entre os maiores produtores de milho do país.
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