Dando farejadas curiosas, Valente é visto pela 1ª vez após retorno à natureza
Equipe do Onçafari compartilhou nesta sexta-feira (16) o vídeo de reencontro com o animal
RESUMO
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A anta Valente foi avistada pela primeira vez desde seu retorno à natureza, no Pantanal sul-mato-grossense, após ser resgatada de incêndios em 2024. Em um vídeo divulgado pelo Onçafari, o animal foi visto caminhando em uma área alagada, demonstrando boa saúde e curiosidade em relação à equipe. Valente, que sofreu queimaduras graves e desidratação, passou por um tratamento intensivo que incluiu laserterapia e ozonioterapia. Após sua recuperação, foi solto em abril de 2023, em Miranda, onde teve acesso à vegetação nativa e monitoramento por armadilhas fotográficas.
A anta Valente foi vista pela primeira vez desde que voltou à natureza no final de abril. Em uma postagem compartilhada nesta sexta-feira (16), a equipe do Onçafari divulgou um vídeo do animal caminhando por uma área aberta e alagada do Pantanal sul-mato-grossense.
O biólogo Diego Locatelli, coordenador do Projeto Tapirapé, relatou como foi o reencontro com Valente, que ocorreu na terça-feira (13). “Ele caminhou pela água em nossa direção, curioso com os nossos cheiros”, contou.
O contato mais próximo permitiu à equipe obter informações importantes sobre o estado do animal. “Ele está em excelentes condições, em boa forma e caminhando com facilidade”, informou o projeto.
O vídeo mostra o momento em que o macho se aproxima, fareja o ambiente e permanece atento ao que acontece ao seu redor. Após algumas cheiradas curiosas, Valente seguiu seu caminho. “Entrou na mata para colher sua salada, como a verdadeira anta selvagem que é”, descreveu a publicação.
Recuperação - Valente tinha aproximadamente um ano quando foi vítima dos incêndios que atingiram o bioma. O habitat onde vivia foi consumido pelo fogo, e seu resgate ocorreu em agosto de 2024. O animal apresentava queimaduras de segundo e terceiro grau nas quatro patas, a ponto de os ossos ficarem expostos, além de desidratação severa.
O tratamento realizado pelo Onçafari incluiu aplicação de laserterapia e ozonioterapia, pomadas cicatrizantes e até pele de tilápia, recurso usado também no tratamento de queimaduras em humanos.
Passado esse período, Valente foi transferido para uma área de reabilitação, onde tinha acesso à vegetação nativa do Pantanal e a um grande açude para banho. Na reabilitação, a anta estava sendo monitorada por armadilhas fotográficas, e mostrou evolução no estado de saúde.
Já no final de abril deste ano, ele finalmente foi solto, na região de Miranda, no Pantanal.
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