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Meio Ambiente

El Niño fez MS viver extremos, com variação de 1ºC a 44ºC

Confome o Cemtec, Estado registrou bloqueios atmosféricos e ondas de calor

Por Aline dos Santos | 28/01/2024 12:19
Amanhecer visto do Bairro Amambaí, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Amanhecer visto do Bairro Amambaí, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com profundas anomalias em 2023, as condições climáticas fizeram Mato Grosso do Sul ter ano de extremos. Na temperatura, a mínima foi de 1ºC, enquanto que o calorão levou os termômetros aos 43,4ºC. Numa terra de contraste, a estiagem se prolongou além dos meses de Inverno, mas também tivemos chuva recorde.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a mínima de 1,6°C foi registrada em 15 de julho, no município de Rio Brilhante, a 161 km de Campo Grande. Já a máxima se aproximou dos 44ºC no dias 17 de outubro e 16 de novembro, em Porto Murtinho, a 439 km da Capital.

Conforme o monitoramento, os meses de outubro a novembro são considerados, climatologicamente, os mais quentes do ano. Porém, em 2023, aliado a isso, a atuação forte do fenômeno El Niño (aquecimento do Oceano Pacífico) favoreceu as altas temperaturas.

“Em Mato Grosso do Sul esse fenômeno teve um impacto maior com padrões bem acima do normal. Pela análise dos sistemas meteorológicos atuantes, foi possível observar a formação de sistemas de alta pressão atmosférica que favoreceram a formação de bloqueios atmosféricos e as ondas de calor”, informa relatório do Cemtec, divulgado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Nesse retrato do tempo em 2023, a maior rajada de vento foi de 109,1 km/h (quilômetros por hora), registrada no dia 4 de setembro, em Laguna Carapã. Neste dia ocorreram outros registros de rajadas de vento intensas: 107,6 km/h em Rio Brilhante e 75,6 km/h em Sete Quedas.

Na ocasião, a atuação de uma frente fria, aliada ao intenso fluxo de calor e umidade, favoreceu o tempo instável com chuvas e tempestades.

Já o maior acumulado de chuva em 24 horas foi registrado em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Foram 167,8 milímetros no dia 17 de fevereiro. Nessa data, a atuação de uma frente fria favoreceu o tempo instável no Estado. Durante todo o mês de fevereiro, registrou-se 539,5 mm de chuva acumulada em Ponta Porã.

Contudo, o município com maior acumulado de chuva em todo o Estado foi Costa Rica: 1.934,2 mm, representando 24,7% acima da média histórica anual. Por outro lado, o menor acumulado de chuva foi de 898,2 mm, em Pedro Gomes, o que representa 35,5% abaixo da média histórica anual.

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