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Meio Ambiente

Fumaça de incêndios no Pantanal deixa sol avermelhado na Capital

Meteorologista do Inmet aponta que fenômeno ocorre quando partículas poluentes permanecem suspensas no ar

Por Mylena Fraiha | 25/06/2024 08:47
Pela manhã, sol é visto com uma tonalidade avermelhada na Avenida Ministro João Arinos, na Capital (Foto: Henrique Kawaminami)
Pela manhã, sol é visto com uma tonalidade avermelhada na Avenida Ministro João Arinos, na Capital (Foto: Henrique Kawaminami)

Nesta terça-feira (25), o céu de Campo Grande amanheceu coberto por uma densa cortina de fumaça e chegou a deixar o sol com uma tonalidade avermelhada. O fenômeno é resultado da poluição causada pelos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, segundo especialistas.

Imagens mostram que a fumaça se espalhou pelo Centro e várias outras regiões da cidade, dando um aspecto nublado ao céu. Na noite anterior (24), a lua também apresentou uma coloração avermelhada devido à fumaça.

O meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Cleber Souza, explica que o fenômeno ocorre quando partículas poluentes permanecem suspensas no ar em áreas onde o ar está mais seco.

"Esse fenômeno acontece por causa da fumaça das queimadas no Pantanal, que é trazida pelo vento. Isso gera o sol avermelhado, agravado pela fumaça dos veículos. E como faz muitos dias que não chove na região, a situação piora", explica o meteorologista do Inmet.

Devido a fumaça das queimadas, céu nublado é visto na região central da Capital (Foto: Henrique Kawaminami)
Devido a fumaça das queimadas, céu nublado é visto na região central da Capital (Foto: Henrique Kawaminami)

Com a chegada da estiagem de inverno, Cleber prevê que o fenômeno poderá se tornar mais comum. "Como sabemos que não haverá chuva, a tendência é o aumento dos focos de queimadas, tornando esse fenômeno mais frequente."

O meteorologista também alerta a população sobre a necessidade de cuidar da saúde respiratória. "À noite, a situação é pior, pois a fumaça desce e fica mais próxima da superfície, piorando a qualidade do ar e afetando a saúde respiratória", conclui Cleber.

O meteorologista Natálio Abrão também reitera essa análise. Ele aponta que a situação irá se agravar nos próximos dias nas cidades do oeste e centro do Estado. "Geograficamente, em Campo Grande e municípios próximos, temos névoa seca associada a fumaça e poeira em suspensão na atmosfera. Isso ocorre devido à baixa umidade e alta pressão, agravado pelos componentes originados das queimadas no oeste do estado. Ao longo do dia e com o passar dos dias, a situação tende a piorar".

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