Ibama aplica R$ 2 milhões em multas por uso irregular de agrotóxicos em MS
Órgão flagrou irregularidades em 28 áreas, incluindo terras indígenas em Caarapó, Dourados, Itaporã e Juti
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou mais de R$ 2 milhões em multas no Mato Grosso do Sul devido ao uso irregular de agrotóxicos. A ação fez parte da Operação Xapiri, que teve como foco o combate ao manejo inadequado de agrotóxicos.
RESUMO
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A Operação Xapiri do Ibama resultou em mais de R$ 2 milhões em multas aplicadas no Mato Grosso do Sul por uso irregular de agrotóxicos. 28 áreas foram fiscalizadas, revelando infrações como pulverização inadequada, armazenamento incorreto, descarte irregular de embalagens e informações falsas em sistemas de controle. A operação, desencadeada após denúncias ao MPF, contou com a participação de diversas instituições e visa aprimorar a fiscalização, a destinação correta de embalagens e a regularização de produtores indígenas, mitigando danos ambientais e à saúde pública.
Ao todo, 28 áreas foram fiscalizadas nas regiões sul e oeste do estado, incluindo locais de plantio em terras indígenas e em seu entorno, nos municípios de Caarapó, Dourados, Itaporã e Juti. Durante a operação, foram constatadas diversas infrações ambientais. Entre as principais irregularidades, destacou-se o uso inadequado de pulverização terrestre e aérea, o armazenamento incorreto de agrotóxicos e o descarte irregular de embalagens.
Além disso, foi registrado o descumprimento da distância mínima obrigatória entre as áreas de aplicação de defensivos e as comunidades ou residências próximas. Outra prática flagrada foi a inclusão de informações falsas nos sistemas de controle, dificultando a fiscalização das autoridades.
A Operação Xapiri foi desencadeada após denúncias feitas ao MPF (Ministério Público Federal), que apontaram irregularidades no uso de agrotóxicos em áreas de lavoura e depósitos localizados no estado. A ação contou com a participação de diversas instituições, como o MPI (Ministério dos Povos Indígenas), a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
As informações coletadas durante a fiscalização serão usadas para aprimorar o trabalho das instituições envolvidas. Entre as medidas previstas, está a criação de processos para a coleta e destinação correta das embalagens de agrotóxicos, uma iniciativa que visa mitigar danos ao meio ambiente e proteger a saúde pública. Também está sendo discutida a regularização dos produtores indígenas, para garantir que esses grupos possam operar de maneira legal e sustentável.
O uso inadequado de agrotóxicos é uma preocupação recorrente em áreas de produção agrícola, especialmente em regiões próximas a terras indígenas. As substâncias químicas, quando manipuladas de forma irregular, podem provocar danos ao meio ambiente e à saúde humana, especialmente nas comunidades que vivem próximas às áreas de aplicação. As autoridades ambientais reforçaram o compromisso de intensificar a fiscalização e promover ações de conscientização para evitar novas infrações.