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Meio Ambiente

Onças-pintadas assustam cidade e armadilhas continuam pelo 13º dia

Viviane Oliveira | 18/08/2014 13:39
Uma das aparições da onça-pintada que foi flagrada pela câmera instalada pelo Comitê. (Foto: reprodução/Facebook)
Uma das aparições da onça-pintada que foi flagrada pela câmera instalada pelo Comitê. (Foto: reprodução/Facebook)

A tentativa de capturar as onças-pintadas que estão sendo avistadas pela população em áreas urbanas de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande, entrou nesta segunda-feira no 13º dia. De junho para cá pelo menos sete felinos já foram flagrados rondando, sempre no período noturno, várias regiões do município.

Segundo o presidente do Comitê de Incêndio Florestais de Animais Silvestres, o major do Corpo de Bombeiros Fábio Catarineli, as onças estão buscando refúgio na cidade devido à cheia do Pantanal.

A primeira aparição de um felino, segundo o major, foi no Forte Junqueira, no Centro. Nesse local, duas armadilhas foram montadas, com aproximadamente 50 centímetros de distância uma da outra, para tentar capturar o bicho e levá-lo para um lugar seguro em seu habitat. Foram colocadas câmeras nas armadilhas para registrar se o animal esteve por ali.

Também foi instalada uma armadilha na região da avenida Rio Branco, onde o animal já foi visto e até filmado por um motorista que passava pelo local. “No total são três armadilhas com iscas e câmeras fotográficas para saber se o animal está na região e tentar capturá-lo”, destaca o major.

Neste fim de semana o Corpo de Bombeiros foi acionado três vezes por moradores que avistaram o felino na região da Cacimba da Saúde, no bairro Cervejaria e duas em Ladário. “Os avistamentos são sempre no período noturno e em horários diferentes”, explica Fábio.

Samah passeava de barco, quando avistou a onça atravessando o rio. (Foto: reprodução/Facebook)
Samah passeava de barco, quando avistou a onça atravessando o rio. (Foto: reprodução/Facebook)

Por dia, pelo menos 15 pessoas, entre bombeiros, pesquisadores, Polícia Militar Ambiental, funcionários da Embrapa, estão envolvidos na operação. “Todo dia é feita a manutenção da armadilha, como a troca das iscas que são carcaças de animais e a captura de imagens para saber se a onça pintada esteve no local”, explica.

No começo de junho foi feita a captura de uma onça com dois filhotes, que estavam em um quintal em meio a uma vila de casas. A mãe morreu após ser sedada e cair no rio Paraguai. Os dois filhotes foram encaminhados para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), na Capital.

A tendência é que com a redução da cheia, os animais voltem a atravessar o rio e deixem as áreas mais ligadas a cidade, enquanto isso, o Comitê tenta capturar as onças e removê-las para lugar seguro, pois depois da cheia vem a questão das queimadas.

Selfie no Pantanal - Enquanto as autoridades tentam capturar os bichos que estão rondando a cidade, no meio do Pantanal, encontrar uma onça pintada é alegria de moradora. A empresária Samah Ziad fez uma selfie com uma onça-pintada ao fundo cruzando o rio Paraguai, próximo a Baía do Tuiuiú, em Corumbá.

Ela passeava de barco quando fez o registro do animal em seu habitat natural no início da tarde de ontem (17). “A sensação é única, me sinto privilegiada de ver um animal tão lindo de perto”, resume.

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