Pantanal: operação contra o fogo completa 100 dias sem novos focos
Temporada de incêndios florestais vivenciou o menor dia de atividade em campo, aponta Corpo de Bombeiros
A operação de combate aos incêndios florestais que assolam o bioma pantaneiro completou, nesta quarta-feira (10), 100 dias de monitoramento. Segundo boletim divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar, caiu o número de áreas de atenção no Pantanal de Corumbá. Além disso, todo o foco ativo de calor foi extinto.
Ainda de acordo com os militares, dois pontos seguem em monitoramento ativo. São eles, a região do Tagiloma, em Maracangalha, e Paraguai Mirim. O documento descreve que em ambos os pontos de atenção está “inexistente a presença de focos ativos, seguindo somente em monitoramento, tanto in loco como via satélite”.
No documento, o Corpo de Bombeiros destaca que a temporada de incêndios florestais vivenciou o menor dia de atividade em campo. "No entanto, mesmo com a redução das ocorrências, as equipes mantiveram um alto nível de comprometimento e eficácia em suas ações".
Em dados - No Pantanal de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, o fogo assolou 763.275 hectares até ontem, como apontam os dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
A área afetada em Mato Grosso do Sul até a mesma data já supera a que queimou durante todo o ano em 2023. Foram 520.825 hectares no ano passado, enquanto este ano são 595.550 hectares.
Conforme série histórica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que têm dados a partir de 1998, junho de 2024 registrou 1.154 focos. Antes, o recorde para o mês tinha sido em 2005: 435 focos. A média de incêndios em junho é de 154.
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