Para permanência de aves no Pantanal, viveiro produz mudas de manduvi
Queimadas destruíram árvores e frutos que eram a principal fonte de nutrição de araras, papagaio e gavião
Uma nova esperança surge para a regeneração do Pantanal. O projeto Água Vida, iniciativa do fotógrafo e ambientalista, Mário Barila, acaba de doar para Chácara Boa Vida, em Bonito, ninhos artificiais e viveiro para reprodução de espécies nativas da região, especialmente de manduvi, árvore fundamental para reprodução das araras-azuis e vermelhas, gavião-relógio e outras aves da região Centro-Oeste, que corre risco de extinção.
"A extração de frutos do manduvi é proibida e é difícil encontrar sementes e mudas desta espécie no país", afirma Barila. "Com esse viveiro, poderemos produzir centenas de mudas por ano, contribuindo para a reflorestação do Pantanal e do Cerrado."
A Chácara Boa Vida já possui experiência no cultivo de mudas nativas, como ipê-amarelo e branco, jacarandá-mimoso e copaíba. A nova parceria com o Projeto Água Vida fortalecerá ainda mais essa iniciativa, permitindo a produção em larga escala de mudas de manduvi.
Além do viveiro, o Projeto Água Vida também doou ninhos artificiais para araras, construídos em madeira. Esses ninhos servirão como abrigo para as aves enquanto as matas se recuperam, garantindo a continuidade da reprodução da espécie.
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