Para proteger onças e população, MPF quer ação contra felinos em área urbana
No começo do ano, houve aumento no registro da presença e de ataques dos animais na região de Corumbá
O Ministério Público Federal abriu procedimento administrativo para acompanhar a elaboração de estratégias voltadas à conservação de onças-pintadas e onças-pardas e à segurança da população de Corumbá, após o aumento no registro da presença e de ataques dos animais na zona urbana do município, registrado pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
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O Ministério Público Federal iniciou procedimento administrativo para monitorar a conservação de onças-pintadas e pardas em Corumbá, Mato Grosso do Sul, após aumento de registros desses animais na zona urbana. A medida, formalizada em novembro de 2025, visa articular ações entre órgãos públicos e entidades de proteção ambiental. O caso ganhou atenção após diversos avistamentos no início de 2025, levando nove instituições a elaborarem uma nota técnica com medidas de segurança. O plano inclui patrulhas periódicas, uso de armadilhas fotográficas e rondas em horários escolares, buscando equilibrar a preservação dos felinos com a segurança da população local.
A medida foi formalizada por meio de portaria assinada em 19 de novembro de 2025 pelo procurador da República, Marco Antônio Delfino de Almeida, em substituição legal na 4ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao meio ambiente. O foco é a articulação entre órgãos públicos e entidades envolvidas na proteção ambiental e na gestão de riscos à população.
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O procedimento substitui uma Notícia de Fato que tramitava na Procuradoria da República em Corumbá e que apurava os recorrentes relatos de ataques de onças em áreas urbanas da cidade. Segundo o MPF, houve aumento significativo das ocorrências envolvendo grandes felinos, especialmente onças-pintadas e onças-pardas.
Com a instauração do Procedimento Administrativo de Acompanhamento, o MPF passa a monitorar de forma contínua as ações adotadas pelos órgãos competentes, com o objetivo de construir estratégias que conciliem a preservação dos animais silvestres com a proteção da população local. A iniciativa envolve temas como manejo da fauna, prevenção de conflitos, orientação à comunidade e políticas públicas ambientais.
Corumbá está inserida no bioma Pantanal, habitat natural de grandes felinos, e tem registrado nos últimos anos a aproximação desses animais de áreas habitadas, fenômeno associado a fatores como alterações ambientais, cheias, secas severas e avanço urbano sobre áreas naturais. O MPF destaca que o acompanhamento busca evitar soluções pontuais ou desarticuladas, priorizando medidas técnicas e integradas para reduzir riscos e preservar o equilíbrio ambiental.
Caso - Onças-pintadas foram avistadas na área urbana de Corumbá nos primeiros meses de 2025 e a PMA (Polícia Militar Ambiental), na época, orientou que a população informasse imediatamente os casos.
O aumento dos avistamentos levou órgãos ambientais a divulgarem uma nota técnica com medidas de segurança e monitoramento. O documento foi assinado por nove instituições, como o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), para garantir mais segurança para moradores e também para a preservação dos animais, cuja presença cada vez mais próxima das áreas urbanas.
Na nota técnica foram propostas três frentes principais de atuação: a criação de um sistema de monitoramento com patrulhas periódicas, uso de armadilhas fotográficas nas trilhas usadas pelos animais e rondas em horários flexíveis, priorizando deslocamentos escolares.
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