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Meio Ambiente

Qualidade do ar está ruim em Campo Grande há 5 dias e exige cuidados

Houve alguns períodos de qualidade moderada, mas a classificação foi pior na maior parte do tempo

Por Cassia Modena | 10/09/2024 10:07
Corredor acinzentado no mapa é fumaça de incêndios florestais (Imagem: Reprodução/Zoom Earth)
Corredor acinzentado no mapa é fumaça de incêndios florestais (Imagem: Reprodução/Zoom Earth)

Muita fumaça continua encobrindo o céu de Campo Grande e de todos os municípios de Mato Grosso do Sul, como também está acontecendo em outros estados brasileiros, além da Bolívia e no Paraguai. Na Capital sul-mato-grossense, a névoa cinza surgiu com intensidade na tarde da última quarta-feira (4) e fez a qualidade do ar cair para ruim na quinta-feira (5), de acordo com informações divulgadas pela estação de ciências atmosféricas da UFMS  (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Às 6h desta terça-feira (10), o índice continuava ruim em Campo Grande. O morador de Campo Grande respira ar com essa qualidade durante cinco dias, praticamente ininterruptos, segundo o coordenador da estação, o professor Widinei Alves. Ele explica que houve alguns períodos de índice moderado, mas a classificação foi pior na maior parte do tempo.

O que mede a qualidade do ar é a presença de partículas de poluição. O grau de classificação pode chegar a "péssimo".

Homem caminha sob céu e sol enfumaçados, no Parque das Nações Indígenas (Foto: Henrique Kawaminami)
Homem caminha sob céu e sol enfumaçados, no Parque das Nações Indígenas (Foto: Henrique Kawaminami)

"A condição de seca prolongada, altas temperaturas, baixíssima umidade relativa do ar e muita fumaça piora consideravelmente a qualidade do ar no Estado", acrescenta boletim divulgado hoje pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), citando outros fatores.

O corredor de fumaça é resultado de incêndios na Amazônia, tanto na parte brasileira quanto boliviana, além de outros biomas no País e de territórios vizinhos, também segundo o Cemtec.

Cuidados - Toda a população, especialmente quem faz parte de grupos vulneráveis, pode apresentar problemas de saúde relacionados à qualidade do ar e as condições do tempo atuais.

Diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Paulo Eduardo Limberger, destaca que pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter sintomas intensificados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”, diz.

A saúde da pele também pode ser impactada. “O calor e a baixa umidade causam ressecamento da pele e dos lábios, resultando em pruridos, rachaduras e dermatites. O desconforto é comum e pode levar ao aparecimento de lesões”, continua o diretor.

Irritações nos olhos podem fazer surgir conjuntivites, ele acrescenta. A principal recomendação é e aumentar a hidratação,. “Além do desconforto e da exacerbação de condições preexistentes, o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções e agrava a circulação de vírus, como o Rotavírus, que tem levado ao aumento nos atendimentos de saúde devido à desidratação”, finaliza.

Veja todas as orientações do médico:

1. Hidrate-se constantemente;

2. Evite atividades físicas nos horários mais quentes, entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar estão mais elevadas;

3. Cuide da pele e lábios com hidratantes para o corpo ricos em emolientes, logo após o banho, e use um protetor labial para prevenir rachaduras e desconforto;

4. Proteja os olhos usando colírios com "lágrimas artificiais" para aliviar a irritação ocular em ambientes secos;

5. Evite banhos quentes e longos. Prefira curtos e frios, para não remover a oleosidade natural da pele, que ajuda na proteção contra o ressecamento;

6. Umidifique os ambientes com umidificadores de ar para manter a umidade em níveis confortáveis (entre 40% e 60%);

7. Ventile os ambientes para melhorar a qualidade do ar interno e evitar o acúmulo de alérgenos;

8. Use soro fisiológico nas narinas para manter manter as vias respiratórias umedecidas, prevenindo irritações;

9. Monitore crianças e idosos e estimule-os a beber água.

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