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Meio Ambiente

Queda em apreensões mostra que MS está ganhando consciência ambiental

Renata Volpe Haddad | 05/06/2015 16:31
Fauna pantaneira é composta por 132 espécies de mamíferos e 113 espécies de répteis.(Foto: Marcelo Calazans)
Fauna pantaneira é composta por 132 espécies de mamíferos e 113 espécies de répteis.(Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Ministério do Meio Ambiente, uma das características do bioma pantaneiro é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões, persistem em população avantajadas no Pantanal.(Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Ministério do Meio Ambiente, uma das características do bioma pantaneiro é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões, persistem em população avantajadas no Pantanal.(Foto: Marcelo Calazans)

O acesso a informação, aliado a conscientização ambiental, tem garantido cuidado com o Meio Ambiente. Nos últimos anos, o número de pessoas que se preocupam com a preservação, conhecem as leis e denunciam crimes ambientais aumentou, proporcionando drástica redução no número de apreensões nos últimos anos. Quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, os desafios continuam, mas Mato Grosso do Sul já tem o que comemorar.

De acordo com o major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz, o acesso a informações contribui para que a questão ambiental seja priorizada. “Existe sim gente gananciosa, sempre acontece crime ambiental, mas em Mato Grosso do Sul é bem menor do que vemos acontecer em outros Estados”, completa.

Ele lembra que na década de 80, quando a PMA foi criada, era comum apreender mais de 120 toneladas de peixes. “Atualmente, nossa maior apreensão é de 4 toneladas e isso graças as denúncias que a população faz, porque grande parte das apreensões feitas se deve a ligação das pessoas nos passando informações com muita indignação”, comenta.

Mato Grosso do Sul é um estado beneficiado por suas belezas ambientais e se de dois importantes paraísos ecológicos, o Pantanal e Bonito. Juntos, os biomas são responsáveis por atrair milhões de turistas todos os anos, que viajam para se encantar com a diversidade infinita de fauna e flora, existente por aqui.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. O bioma mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. Desses, 52,60% são cobertos por savana que é o cerrado e 17,60% são ocupados por áreas de transição ecológica.

Espécies - Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente, uma característica interessante do bioma pantaneiro é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas.

Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal.

Desafios para o Estado – Conforme o presidente do Imasul e secretário de Estado da Semad (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, o lançamento do plano estadual de resíduos sólidos está atrasado, de acordo com a legislação. “Acredito que o levantamento de todas as bacias hidrográficas já está sendo concluído e outro desafio do governo é a questão da outorga da água que precisa justamente deste levantamento e essa é outra questão para 2015 que está alinhado com o SOS Rios”, comentou no lançamento da Campanha de Educação Ambiental, que aconteceu nesta semana.

O SOS Rios foi implantado em 2008 com objetivo de recuperar a área de preservação permanente e regularizar a reserva legal, e de lá para cá, já foram assinados pelo Ministério Público Estadual, 810 termos de ajustamento de conduta, referente a 45 municípios de Mato Grosso do Sul, com um total de 1.200 mil propriedades cadastradas, preservando mais de 1.500 mil km de rios, com 18 rios e 10 córregos.

Com o passar dos anos, os crimes ambientais diminuíram graças as denúncias feitas pela população.(Foto: Marcelo Calazans)
Com o passar dos anos, os crimes ambientais diminuíram graças as denúncias feitas pela população.(Foto: Marcelo Calazans)
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