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Meio Ambiente

Queimadas: fotógrafo registra contraste no Morro dos Macacos

Dados oficiais apontam expressiva queda nos incêndios no Pantanal

Por Inara Silva | 25/08/2025 18:40

RESUMO

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Um ano após os incêndios que devastaram o Morro dos Macacos, em Miranda, Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Guilherme Giovanni registrou a recuperação da vegetação na região. As imagens, capturadas em agosto de 2024 e 2025, mostram um contraste significativo na paisagem, evidenciando a recuperação após os incêndios.Os dados do LASA e do INPE revelam uma queda drástica nos focos de incêndio, com apenas 14 mil hectares atingidos entre janeiro e julho de 2025, em comparação a mais de 669 mil no mesmo período do ano anterior. Apesar da redução, especialistas alertam para os riscos da seca severa prevista, que pode alterar esse cenário.



Um ano após os incêndios que atingiram o Morro dos Macacos, às margens da BR-262, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Guilherme Giovanni registra como está a paisagem atualmente.

As imagens, capturadas em 22 de agosto de 2024 e de 2025, permitem comparar a recuperação da vegetação na região.

Especializado em registrar o Pantanal, o fotógrafo acompanhou os impactos dos incêndios de 2024 e publicou recentemente as novas imagens em seu perfil no Instagram.

“No ano passado, o fogo consumiu o Morro dos Macacos e chegou muito próximo a um posto de combustível. Uma tragédia maior foi evitada. Por enquanto, o Pantanal não sofre com o fogo, o cenário desse ano é bem diferente. Em 2024, os incêndios começaram em junho e se espalharam rapidamente pelo Pantanal”, relatou Giovanni.

Queimadas sob controle

Neste ano, a diferença também aparece nos números. Dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Sistemas de Satélites) e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que, entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2025, pouco mais de 14 mil hectares do Pantanal foram atingidos, contra mais de 669 mil devastados no mesmo período do ano passado, uma queda de 97,9%.

Em julho, a redução foi ainda mais expressiva: 39 focos de calor, frente a 1.218 em 2024, e 1,4 mil hectares queimados, contra mais de 170 mil no mesmo mês do ano passado. A queda chegou a 99,2%.

Apesar da trégua, especialistas alertam que a seca severa prevista para os próximos meses pode mudar o cenário rapidamente.

Técnicas de prevenção, como queimadas prescritas e aceiros, previstas na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, continuam sendo aplicadas para reduzir o risco de novas tragédias.