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Meio Ambiente

“Ranking do fogo” coloca Corumbá como 3ª que mais queimou no País

Municípios do Centro-Oeste e Norte concentram 20% do total de focos registrados no País

Por Gabriel Neris | 20/09/2024 10:31
Brigadistas tentam controlar o fogo no Pantanal de Corumbá (Foto: Arquivo)
Brigadistas tentam controlar o fogo no Pantanal de Corumbá (Foto: Arquivo)

O município de Corumbá é o terceiro município com mais queimadas no País em 2024, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). São 4.766 focos entre 1º de janeiro e 19 de setembro.

O município sul-mato-grossense fica atrás somente de São Félix do Xingu (PA) e Altamira (PA), ambos na região amazônica. Dez cidades das regiões Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas que atingem o Brasil.

Beto Mesquita, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, alertou em entrevista à Agência Brasil ao fato de que sete das cidades com mais queimadas estão entre as mais desmataram no ano passado, segundo o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. Os municípios são Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí (AM), Lábrea (AM) e Colniza (MT).

Ranking de municípios que mais queimaram em 2024 (Arte: INPE)
Ranking de municípios que mais queimaram em 2024 (Arte: INPE)

“Os incêndios são os novos vetores de destruição, talvez, tentando escapar dos sensores remotos que detectam o desmatamento. Com isso, quando se abrem áreas, há maior dificuldade de detectar extração, por exemplo, de madeiras de valor mais nobre. É um desafio para os governos federal e estaduais, que precisam entender melhor estas dinâmicas para se prepararem com as estratégias mais adequadas de combate, fiscalização e preservação", avalia.

Operação – Corumbá é alvo da Operação Prometeu, deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (20). Sete mandados de busca e apreensão são cumpridos no combate aos crimes de incêndio, desmatamento e exploração ilegal de terras da União.

A PF aponta que incêndios deste ano revelaram que área queimada é “alvo reiterado” e posteriormente alvo também de grilagem das áreas. A ocupação irregular da área, de 6,4 mil hectares, tem sido explorada economicamente para a pecuária. Buscas apontam para 2,1 mil cabeças de gado e dano de R$ 220 milhões pela exploração da área.

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