Redobre o cuidado no Parque dos Poderes: tem “quatis nenéns” na pista
Misto de área verde e centro administrativo, local tem 255 hectares, sendo 193 de mata
RESUMO
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Com a primavera, o Parque dos Poderes, em Campo Grande, viu o aumento da população de quatis, incluindo filhotes que cruzam as avenidas com mais lentidão, aumentando o risco de atropelamentos. Este período coincide com a época de acasalamento (novembro a fevereiro), resultando em maior número de animais circulando, principalmente pela manhã e à tarde. A bióloga Amanda Messias destaca a importância da atenção dos motoristas, considerando os limites de velocidade da área e o papel ecológico dos quatis na cadeia alimentar. Além dos quatis, o parque também abriga famílias de mutum-de-penacho, espécie ameaçada de extinção.
A natureza cumpre o ciclo da vida e o Parque dos Poderes, área verde e que reúne a máquina administrativa estadual em Campo Grande, ganhou novos moradores. Portanto, é preciso atenção redobrada dos condutores. Pois, como mostra vídeo enviado ao Campo Grande News, os “nenéns quatis” às vezes se distanciam dos animais adultos e demoram mais para concluir a travessia das avenidas.
Pelo parque, as novas famílias de quatis circulam de um lado para o outro, cheias da “criançada”. No local, os limites de velocidade variam de 30 km/h (quilômetros por hora), perto dos quatro conjuntos de dispositivos eletrônicos de fiscalização, a 50 km/h nos demais trechos. O Parque dos Poderes tem 255,3 hectares, sendo 75,64% (193,12 hectares) de mata.
De acordo com a bióloga Amanda Messias, que participa de estudo sobre atropelamento de fauna, o período de acasalamento dos quatis vai de novembro a fevereiro. “Ou seja, estamos em pleno período de reprodução. Então, os encontros costumam ser bem comum com esses animais. O que também pode influenciar nas colisões veiculares”.
Os quatis são animais de hábito diurno, costumam circular mais no período da manhã e tarde. Um quati adulto mede entre 46 e 66 centímetros de comprimento de corpo, além de ter uma cauda que varia de 22 e 69 centímetros. Em média, pesam de quatro a seis quilos.
“Eles vivem em um sistema social em que todas as fêmeas e machos de até mais ou menos dois anos formam grupos, que podem chegar a 30 indivíduos. Machos com mais de dois anos são expulsos do grupo pelas fêmeas e tornam-se indivíduos solitários. Na época do acasalamento, apenas um macho volta ao grupo”, afirma a bióloga.
Durante o período de acasalamento, eles vivem sobre a regra das fêmeas. Depois disso, voltam a viver solitários.
Conforme a bióloga, os quatis desempenham importante papel nas cadeias alimentares. Eles consomem uma ampla gama de insetos, invertebrados e matéria vegetal, como frutas, castanhas e raízes, e pequenos vertebrados. Ao passo que são presas de animais como onças, jaguatiricas, jiboias, aves de rapina.
Em meio à renovação da vida, o Parque dos Poderes também ganhou família de mutum-de-penacho. O macho tem coloração preta, enquanto a fêmea é pintada. A espécie é ameaçada de extinção e está na categoria vulnerável da IUCN (Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).
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