ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Meio Ambiente

Responsáveis por envenenar 2 onças-pintadas e outros 18 animais são indiciados

Perícia encontrou resquícios nos corpos dos animais de agrotóxico probido no Brasil desde 2017

Gabrielle Tavares | 24/05/2022 15:56
Equipes em busca da onça-pintada no Pantanal, em 2021. (Foto: Divulgação/PF)
Equipes em busca da onça-pintada no Pantanal, em 2021. (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal identificou os responsáveis por envenenar duas onças-pintadas e outros 18 animais na região do Abobral, Pantanal Sul-mato-grossense, em Corumbá. Através de trabalho pericial, foi constatado o envenenamento pelo agrotóxico “carbofurano”, proibido de ser comercializado no Brasil desde 2017, por sua alta toxicidade. No entanto, a PF não divulgou quais as propriedades envolvidas e guarda sigilo sobre os nomes dos indiciados.

De acordo com o jornal local Diário Corumbaense, são três homens que responderão pelo crime ambiental: o arrendatário de uma fazenda e dois funcionários. O proprietário da fazenda arrendada já havia sido autuado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) no ano passado.

Apesar da venda ilegal no Brasil, o produto é facilmente encontrado no Paraguai. De acordo com o laudo da perícia, o agrotóxico tem sido registrado como um dos praguicidas mais comuns para envenenamento intencional de animais domésticos e selvagens.

A investigação em Corumbá começou em junho do ano passado, quando uma equipe do Instituto Reprocon (Reprodução Para Conservação) rastreou sinal do colar de uma onça que era monitorada pela equipe, e a encontrou já em estado avançado de decomposição.

Carcaça da onça-pintada, apelidada de Sandro. (Foto: Divulgação/PF)
Carcaça da onça-pintada, apelidada de Sandro. (Foto: Divulgação/PF)

O instituto estuda comportamento e a reprodução de onças-pintadas e monitorava o animal desde maio de 2021, e foi a campo após receber sinal de mortalidade emitido pelo colar da onça, que era macho e tinha sido apelidada de Sandro.

Próximo de Sandro, estava o corpo de outra onça-pintada, além de outros 18 animais mortos, como urubus, vacas, cachorro do mato e gavião carcará. Na ocasião, foi colhida uma porção do fígado de Sandro e encaminhado para exame pericial em Brasília (DF), cujo resultado confirmou o envenenamento.

Nos siga no Google Notícias