Cachorro também morre do coração e ignorar tosse pode ser fatal
Tosse persistente, respiração ofegante, apatia e barriga inchada podem ser alertas que algo não está bem

Você sabia que aquele resmungo noturno do seu cachorro pode não ser charme ou mania, mas sinal de problema cardíaco? Muita gente ainda acredita que doença no coração é “coisa de humano”, mas a verdade é que ela também atinge os bichos e, se não for cuidada, pode ser fatal. Para explicar melhor esses sinais que a gente insiste em ignorar, o Lado B ouviu o médico veterinário Antônio Defanti Junior.
RESUMO
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Doenças cardíacas em pets: sinais silenciosos que exigem atenção. Cansaço, tosse persistente, principalmente à noite, respiração ofegante e desmaios podem indicar problemas cardíacos em cães. Barriga inchada, emagrecimento repentino e gengiva azulada também são sinais de alerta. Em gatos, os sintomas são mais discretos: respiração acelerada, fraqueza, apatia e paralisia das patas traseiras. Setembro é o mês de alerta para a prevenção de doenças cardíacas em animais. Raças como Cavalier King, Boxer, Poodle, Chihuahua, Maltês, Dachshund, Yorkshire Terrier e Shih-tzu são mais suscetíveis. O excesso de peso agrava o problema. Consultas regulares com veterinário a partir dos cinco anos, alimentação adequada para cada idade e moderação nos petiscos são essenciais para a saúde do coração dos pets.
Nos cachorros, o coração dá sinais claros, mas eles são facilmente confundidos com a idade. “Está velho demais” ou “não aguenta mais correr”, os donos dizem. A tosse persistente, principalmente à noite, é o primeiro aviso. Depois vêm o cansaço até em trajetos curtos, a respiração ofegante mesmo em repouso e, nos casos mais sérios, desmaios. Também dá para notar pela barriga que fica inchada, pelo emagrecimento misterioso e pela gengiva azulada.
O mês de setembro é justamente o período em que os profissionais alertam os donos de pets sobre a importância da prevenção de doenças cardíacas em cães e gatos.
“Os sinais de doenças cardíacas podem variar conforme o estágio e o tipo da doença, mas geralmente aparecem de forma progressiva. Muitas vezes são confundidos apenas com envelhecimento, falta de disposição ou preguiça”, diz o veterinário da clínica Bourgelat.
No caso dos felinos, os sinais são mais discretos. Quando apresentam sintomas, geralmente o quadro é preocupante. Respiração acelerada, às vezes de boca aberta, fraqueza, apatia e até paralisia súbita das patas estão na lista.
“Eles apresentam respiração acelerada ou esforço para respirar, fraqueza, passam mais tempo escondidos ou dormindo. Há apatia, diminuição do apetite, dificuldade para se movimentar (tromboembolismo arterial, complicação grave da cardiomiopatia/alteração cardíaca) e perda de peso gradual. Neles, as mucosas azuladas ou pálidas também são sinais de alerta.”
Raio-X, ecocardiograma, eletrocardiograma e exames de sangue são os principais aliados para detectar cedo e controlar a doença. A boa notícia é que, identificado no início, o problema pode ser tratado e garantir mais qualidade de vida ao seu amigo de quatro patas.
De acordo com Antônio, todos os cães e gatos podem desenvolver doenças cardíacas, mas algumas raças estão mais vulneráveis, como Cavalier King, Boxer, Poodle, Chihuahua, Maltês, Dachshund, Yorkshire Terrier e Shih-tzu.
O problema é que a maioria dos cães e gatos só chega ao atendimento com cerca de oito anos. A avaliação cardiológica é recomendada a partir dos cinco, mas em algumas raças com predisposição é necessário que seja feita mais cedo.
Além da genética, tem um vilão que pesa, literalmente, no coração dos pets: o excesso de quilos. Manter uma dieta em dia é tão importante quanto levar ao check-up. O sobrepeso antecipa o problema em quem não teria e agrava em quem já tem predisposição. O excesso não é carinho e pode virar porta de entrada para doenças cardíacas, renais e até hepáticas.
Conforme o veterinário, a alimentação precisa acompanhar a idade do animal: ração de filhote no início da vida, de adulto até os 5 anos e, depois disso, a sênior. E sim, os petiscos podem, mas com moderação. Duas vezes por semana é o suficiente para agradar sem sobrecarregar.
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