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Política

Alvo de operação, dono de frigorífico chega à Polícia Federal

A ação é relativa ao inquérito que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da J&F, controladora da JBS

Mayara Bueno, Viviane Oliveira e Ricardo Campos Jr. | 12/09/2018 12:13
De camisa azul (no meio), sócio do frigorífico Buriti chega na sede da PF, acompanhado de advogados. (Foto: Marina Pacheco).
De camisa azul (no meio), sócio do frigorífico Buriti chega na sede da PF, acompanhado de advogados. (Foto: Marina Pacheco).

Um dos sócios do frigorífico Buriti, alvo da Operação Vostok, chegou no fim da manhã desta quarta-feira (dia 12) na sede da PF (Polícia Federal), em Campo Grande. Acompanhado do advogado, ele não quis falar com a imprensa.

A operação de hoje, que tem 14 mandados de prisão, é relativa ao inquérito que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da J&F, controladora da JBS, de troca de incentivos fiscais por propinas em Mato Grosso do Sul.

Na planilha entregue na delação à Operação Lava Jato, Wesley e Joesley Batista relataram que o modelo de pagamento por meio de Tares (Termos de Acordo de Regime Especial) surgiu ainda na gestão de Zeca do PT, foi mantida por André Puccinelli (MDB) e prosseguiu com Reinaldo Azambuja (PSDB).

Os delatores indicaram pagamentos por meio de notas frias ao atual governador, além da entrega de R$ 10 milhões em mãos. As notas do frigorífico Buriti foram emitidas entre 10 de março e 15 de julho de 2015, totalizando R$ 12.903.691,06.

O advogado do sócio que chegou agora, Leonardo Avelino Duarte, foi mais cedo à PF e disse que foram três mandados de busca e apreensão. Um cumprido no Buriti e dois para os proprietários. “As investigações estão correndo há um ano e meio. Os clientes estão colaborando com as investigações e o frigorífico está aberto”, disse o advogado.

Outro alvo - O advogado Wilson Tavares também esteve na PF. Ele atua na defesa de David Cloky Hofman, que, segundo ele, é dono de uma despachante documentalista, relacionado na operação de hoje.

Tavares afirmou que foram apreendidos dois celulares e documentos, e que o cliente prestou depoimento e foi liberado. Segundo o advogado, David, que já tinha sido alvo de ações do MP (Ministério Público), foi questionado sobre um suposto valor envolvendo o governador, o filho dele, Rodrigo Souza Silva, e José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como Polaco, suspeito de ser intermediário no pagamento de propina.

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