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Política

Câmara vota projeto para criar vagas na rede privada quando não houver em creche

Vereadores votarão o parecer da CCJR, que opinou pela “não tramitação” do PL que cria o Programa Mais Creches

Por Mylena Fraiha | 19/03/2025 10:19
Câmara vota projeto para criar vagas na rede privada quando não houver em creche
Vereadores durante sessão ordinária no plenário Olivia Enciso (Foto: Divulgação/Câmara Municipal).

Na próxima quinta-feira (20), a Câmara de Vereadores de Campo Grande votará o parecer do projeto de lei que cria o Programa Mais Creche, que prevê critérios para preenchimento de vagas na rede privada de ensino quando não houver disponibilidade nas Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil).

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A Câmara de Vereadores de Campo Grande votará, na próxima quinta-feira (20), o projeto de lei que cria o Programa Mais Creche, destinado a suprir a falta de vagas em creches municipais. O projeto, de autoria do vereador Clodoison Pires, visa atender crianças de 0 a 3 anos em situação de vulnerabilidade, oferecendo vagas em instituições privadas quando não houver disponibilidade nas escolas municipais. O benefício será pago às instituições credenciadas. Apesar de parecer contrário da Procuradoria Municipal por inconstitucionalidade, o projeto será votado. Campo Grande enfrenta um déficit de vagas na educação infantil, com famílias recorrendo à Defensoria Pública para resolver a situação. Outro projeto em pauta exige a divulgação semestral de informações sobre emendas parlamentares para garantir transparência.

O Projeto de Lei n.º 10.996/23, de autoria do vereador Clodoison Pires (Podemos), é um dos dois projetos que receberam parecer da CCJR (Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação) e que serão votados durante a sessão ordinária.

A proposta prevê atendimento a crianças de 0 a 3 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, cadastradas na Reme (Rede Municipal de Ensino) e não matriculadas por falta de vaga próxima à residência ou ao local de trabalho dos responsáveis.

Conforme apresentado no projeto de lei, o benefício do programa será pago à instituição de ensino credenciada de acordo com o número de crianças atendidas, mediante a celebração de contrato com a Administração Pública Municipal.

Em maio de 2023, o procurador municipal da Câmara, Aral de Jesus Cardoso, emitiu parecer contrário ao projeto, apontando um “vício de inconstitucionalidade”. Segundo ele, a proposta cria obrigações para a administração municipal, invadindo competências exclusivas do Executivo.

Na época, a CCJR seguiu a mesma justificativa da Procuradoria e deu parecer pela “não tramitação” do projeto, conforme relatório do então relator, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB).

É importante destacar que Campo Grande enfrenta um déficit de vagas na educação infantil. No mês passado, aproximadamente 260 famílias da capital agendaram atendimentos com a Defensoria Pública em um mutirão para tentar resolver a situação e sair das filas de espera, que podem durar meses ou até anos.

Outras discussões - Também será analisado e votado o Projeto de Lei n.º 10.909/23, que prevê a obrigatoriedade da divulgação semestral das informações sobre emendas parlamentares destinadas ao município. A proposta exige a publicação do valor dos recursos, sua destinação e a previsão de conclusão da execução, com o objetivo de garantir mais transparência.

Na Tribuna, o médico Paulo Siufi, diretor-clínico da APAE/CG (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande), falará sobre os serviços prestados pela instituição e a construção do Hospital da Criança e do Adolescente com Deficiência.

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