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Política

Chefe da Controladoria promete punir empresas e órgãos corruptos

Novo órgão do governo estadual cumprirá as funções de auditoria, corregedoria e ouvidoria

Alberto Dias | 06/02/2017 16:57
Procuradoria-Geral do Estado deverá ser assumida por Carlos Eduardo Girão de Arruda. (Foto: Alberto Dias)
Procuradoria-Geral do Estado deverá ser assumida por Carlos Eduardo Girão de Arruda. (Foto: Alberto Dias)

Com status de secretaria de Estado, a nova Controladoria-Geral de Mato Grosso do Sul toma forma com a missão de punir órgãos e empresas que cometerem corrupção, bem como monitorar como é gasto o dinheiro público. Isso é parte das propostas para aumentar a receita do governo e reduzir um deficit mensal na ordem de R$ 100 milhões. E o escolhido para comandar a CGE já tem nome: Carlos Eduardo Girão de Arruda, campo-grandense e atual auditor federal de finanças e controle do Ministério da Transparência.

Em tempos de contenção de gastos e enxugamento da máquina administrativa, Girão traz a fórmula que pautará este trabalho: "olhar mais para as despesas e menos para as receitas", disse, ressaltando que a a crise fiscal mudou o jogo.

Ele chegou ao lado do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), em evento na tarde desta segunda-feira (3) e que reúne 26 prefeitos no Centro de Convenções Rubens de Camilo, para debater justamente a transparência nos municípios.

"A Controladoria está sendo instalada, então temos várias áreas a serem desbravadas", adiantou o provável futuro controlador-geral. Ao que tudo indica, Girão de Arruda já participa do processo de implantação da Controladoria em Mato Grosso do Sul e, segundo ele, o reflexo será imediato.

"Teremos, efetivamente, informações gerenciais sobre a aplicação dos recursos públicos, tornado possível direcionar melhor a aplicação desses recursos", ponderou. No papel, a criação da Controladoria foi sancionada pelo governador em 9 de dezembro de 2016. 

Nova Controladoria - Substituirá a atual Auditoria-Geral do Estado, porém, além de auditar as contas, também cumprirá as funções de corregedoria e ouvidoria. "Nesta última está o grande desafio: trazer a população pra junto da gente, para que a ouvidoria saia do papel e MS faça parte da rede de ouvidorias do Brasil", explicou Girão.

Atualmente, Mato Grosso do Sul é o único estado da região Centro-oeste que não integra a rede de ouvidoria. "Trazendo a população para dentro, teremos reclamações, propostas e sugestões. Com isso você consegue dar um tratamento melhor para as políticas públicas que está implementando", complementou.

O que muda - Além de tornar a auditoria "mais pró-ativa", o desafio estende-se ao que tange a responsabilização das pessoas jurídicas em caso de atos de corrupção. "Em 2013 foi promulgada a lei anticorrupção e temos diversos marcos legais a serem implementados aqui no âmbito do Estado para que a gente consiga efetivamente colocar em prática as consequências para as empresas corruptoras", finalizou.

EconomiaNesta segunda-feira, Azambuja também falou sobre economia e respondeu à imprensa sobre o corte de comissionados no governo, sem precisar, no entanto, o número exato. "No início do governo cortamos 20%, mas hoje o excesso de comissionados não é grande", comentou, sem precisar quantas pessoas serão desligadas do governo, que reúne cerca de dois mil cargos de confiança, em comissão.

Declarações prestadas no "Encontro Município Transparente", que acontece em 26 estados do Brasil. (Foto: André Bittar)
Declarações prestadas no "Encontro Município Transparente", que acontece em 26 estados do Brasil. (Foto: André Bittar)
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