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Política

Contra reforma da Previdência, policiais invadem a Câmara dos Deputados

O texto proposto originalmente pelo Governo põe fim a aposentadoria especial da categoria

Lucas Junot e Fernanda Yafusso | 18/04/2017 17:23
A Polícia Legislativa reforçou a segurança, o acesso está restrito (Foto: Reprodução/WhatsApp)
A Polícia Legislativa reforçou a segurança, o acesso está restrito (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Manifestantes contrários à reforma da Previdência impediram a leitura do relatório que ocorreria nesta terça-feira (18), na Câmara Federal, onde a proposta está em tramitação, em Brasília. De acordo com o Congresso, eles tentaram invadir a Casa e quebraram vidros da portaria principal, até que foram impedidos pela Polícia Legislativa. Em virtude da confusão, o texto final só será apresentado amanhã (19).

Os manifestantes, em sua maioria policiais civis, chegaram a passar pela chapelaria, entrada principal da Câmara que dá acesso aos salões negro e verde, quando se depararam com uma barreira de seguranças, que reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.

Segundo o presidente da Federação dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul, Fernando Anunciação, o tumulto começou quando um grupo foi protocolar um documento pedindo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) substitua o relator , Arthur Maia (PPS). “Houve muito tumulto, a leitura foi suspensa e o governo fará alguns ajustes para ler amanhã (19)”, conta.

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), André Santiago, conta como foi a reação da Polícia Legislativa. “Chegaram a segurar cinco pessoas da UPB (União da Polícia do Brasil) lá dentro. Jogaram bomba de gás e seguraram as pessoas que estavam mais na frente”, disse.

"Somos executores da lei e a nossa maior vontade é entrar no Planalto e algemar as pessoas que estão lá dentro que se disfarçam de parlamentares e representantes do povo", dispara Santiago.

De acordo com os sul-mato-grossenses, a caravana do Estado em Brasília conta com 60 pessoas, entre policiais rodoviários federais, civis e agentes penitenciários.

A imprensa do Congresso informou que a segurança nas portarias foi reforçada e a circulação entre o Senado e a Câmara está restrita. Desde o final da manhã, o grupo formado por cerca de 3 mil pessoas posicionou-se em frente ao gramado do Congresso Nacional para protestar contra a proposta de reforma da Previdência. O texto original encaminhado pelo governo previa o fim da aposentadoria especial para a categoria.

Os manifestantes disseram ainda que no próximo dia 28 haverá paralisação de trabalhadores em todo o País. Em Campo Grande, segundo eles, será realizada uma passeata.

Veja abaixo, em vídeo, o momento da invasão:

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