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Política

Contratação da Neord foi para reduzir fila, diz ex-secretário de Nelsinho

Zemil Rocha e Kleber Clajus | 04/10/2013 14:29
Mazina depondo durante audiência da CPI da Saúde da Câmara (Foto: Marcos Ermínio)
Mazina depondo durante audiência da CPI da Saúde da Câmara (Foto: Marcos Ermínio)

O médico Leandro Mazina, ex-secretário municipal de Saúde de Campo Grande, justificou a contratação da empresa Neorad como decorrente da necessidade de diminuir a fila de pacientes da área de oncologia, durante audiência da CPI da Saúde da Câmara. “Foram tomadas decisões necessárias para se reduzir a lista de espera no atendimento, que chegava a 120, 140 pessoas”, alegou Mazina, que comandou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) durante a gestão de Nelsinho Trad (PMDB).

A Neorad teria entrado no sistema em razão de o Hospital Universitário (HU) ter fechado o setor oncológico e a Santa Casa não ter acelerador linear funcionando. Já a Fundação Carmem Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer “Alfredo Abrão”, só tinha um aparelho. “Se contratou a Neorad para Campo Grande ter dois aceleradores lineares e com isso diminuir a fila”, argumentou.

Observou ainda que muitas decisões em matéria de saúde pública, embora o município tenha “gestão plena”, acabam sendo compartilhadas com o governo do Estado. “Gestão plena não significa que sou imperador. Temos de ouvir o Estado também durante as decisões”, informou.

Quanto à contratação da Neorad, Leandro Mazina observou houve um deságio de 8% em relação à tabela SUS (Sistema Único de Saúde) para atender pacientes encaminhados pela Central de Regulação da Sesau. “O contrato foi firmado de forma transparente para que sociedade pudesse acompanhar todo processo", assegurou o ex-secretário.

Sobre a necessidade da rede pública de saúde ter mais operadores lineares para atender pacientes com câncer, Mazina disse que fez pedidos ao Ministério da Saúde durante o período em que foi secretário. “Há projetos para vinda de dois aparelhos para Campo Grande”, declarou.

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