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Política

Deputados enfrentarão conselho de ética depois de votar contra governo

De Paula afirma que, porém, os deputados terão de dar explicações ao Conselho de Ética e podem receber outras punições

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 19/07/2019 09:59
Sérgio de Paula em entrevista (Foto: Fernando Antunes/Assessoria do PSDB)
Sérgio de Paula em entrevista (Foto: Fernando Antunes/Assessoria do PSDB)

Os três deputados estaduais tucanos que votaram contra projeto do Governo de Mato Grosso do Sul na Assembleia Legislativa vão ter de dar explicações ao Conselho de Ética, mas o presidente do PSDB, Sérgio de Paula, garante que ninguém será expulso. “Na hora que eles votaram contra, já havia 14 votos a favor, sabiam que a proposta seria aprovada”, disse o comandante da sigla em Mato Grosso do Sul.

Apesar do projeto ter sido aprovado, a postura do trio irritou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que na semana passada disse que talvez os parlamentares “queriam o caos”.

Sérgio de Paula diz entender os motivos dos deputados Marçal Filho, Onevan de Matos e Rinaldo Modesto para votarem contra o projeto de lei que alterou as regras para contratação de professores temporários.

A tabela com remuneração dos professores convocados prevê o valor de R$ 4,1 mil de salário, o que representa redução de 32,55% em relação ao piso regional, que é de R$ 6.079,00 e foi mantido apenas para os concursados, o que gerou protestos da categoria.

“Marçal é pré-candidato a prefeito em Dourados, Onevan pode ser candidato em Naviraí e Rinaldo é professor. Todos têm suas pretensões políticas”, afirmou o presidente. Ele acrescente que acredita que se os votos dos três parlamentares fossem decisivos, eles votariam com o governo.

Justificativas - De Paula afirma que, porém, os deputados terão de dar explicações ao Conselho de Ética e podem receber outras punições.

Líder do PSDB e vice do governo na Casa de Leis, o deputado Rinaldo Modesto votou contra a proposta nas duas apreciações. Na segunda, foi acompanhado pelos colegas de legenda e de base governista Marçal Filho e Onevan de Matos.

Modesto não quis dar entrevistas após a votação, Marçal disse que votou “por convicção” e que esperava que o partido entendesse sua decisão e Onevan destacou que teve “muito apoio dos professores na última campanha eleitoral” e que “não tinha porque ir contra o que eles queriam”.

Também tucanos, Felipe Orro votou a favor do texto encaminhado pelo governo estadual, enquanto Paulo Corrêa não opinou, pois é presidente da Assembleia e só vota em casos de empate.

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