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Política

Deputados reforçam pré-campanha, mas tomam cuidado com restrições

Período de pré-campanha segue até as convenções, que vão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto

Leonardo Rocha | 19/04/2018 13:06
Deputados durante sessão na Assembleia (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados durante sessão na Assembleia (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os deputados estão reforçando as visitas e agendas no interior durante este período de “pré-campanha”, aproveitando para organizar a base, conseguir novos contatos e fazer uma prestação de contas do mandato, de olho na reeleição. Eles no entanto dizem que tomam cuidado para não infringir nenhuma regra ou lei eleitoral.

“Sempre estamos em consulta com nossa assessoria jurídica, porque sabemos que em ano eleitoral as regras modificam. Também atentos ao podemos fazer durante a pré-campanha”, disse o deputado Herculano Borges (SD). Ele ponderou que continua as visitas e reuniões que fazia nos anos anteriores.

Lídio Lopes (PEN) diz que seu principal cuidado é “não pedir voto”, já que não é permitido neste período, só depois do registro da candidatura. “Tenho um trabalho parlamentar em 32 municípios e todo este contato e prestação de contas precisa ser intensificada agora, se deixar para campanha não dá tempo, ela está muito curta”.

Já Paulo Corrêa (PSDB) entende que nos eventos realizados pelos partidos -  para divulgar seus projetos e mobilizar a militância - uma das preocupações é não utilizar recurso público. “Precisa ser bancado pelo partido, com recursos do fundo (partidário), além disto não é feito pedido de voto, apenas se apresentar como pré-candidato”, destacou.

Ele alega que está fazendo um roteiro de cinco municípios por final de semana, para atender sua base eleitoral em 42 cidades. “Como já estamos muito tempo neste trabalho parlamentar, nós conseguimos montar o planejamento e logística adequada, mas tendo o cuidado de seguir as regras eleitorais”.

Apoio - Para Pedro Kemp (PT) é importante o parlamentar mostrar o que fez ao longo do mandato e buscar o apoio da base e segmentos que estão ao seu lado, mas que o voto será pedido no momento certo. “Fazemos isto ao longo dos anos, se esperar a campanha não vai conseguir, porque são apenas 45 dias”.

Márcio Fernandes (MDB) revelou que existe todo o cuidado jurídico necessário, mas que o trabalho na sua base eleitoral não pode parar por se tratar de ano eleitoral. “Só não vamos pedir voto, mas continuaremos as agendas, encontros e reuniões, estou por exemplo viajando para quatro municípios por final de semana”.

Prazos – Depois do fim da janela partidária que terminou em 7 de abril, os interessados em participar da eleição entram na fase de pré-campanha, que vai até as convenções dos partidos que irão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto. Em seguida haverá os registros de candidatura até 15 de agosto, para então começar a campanha.

Os candidatos terão 45 dias de campanha, até chegar no dia da eleição, marcada para 7 de outubro. A Justiça eleitoral vai ficar de olho em eventuais irregularidades nas regras ou possível “campanha antecipada”, que pode gerar multas aos partidos e políticos.

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