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Política

Em audiência com ministro, Delcídio defende diálogo de Governo e Congresso

Daniel Machado | 17/03/2015 21:41
Para Delcídio, a presença do ministro ajudou a “quebrar o gelo” com o Congresso e aproximou a equipe econômica dos parlamentares, especialmente do Senado. (Foto: Divulgação)
Para Delcídio, a presença do ministro ajudou a “quebrar o gelo” com o Congresso e aproximou a equipe econômica dos parlamentares, especialmente do Senado. (Foto: Divulgação)

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) voltou a defender o diálogo do Governo Federal com o Senado e a Câmara. O parlamentar, que é presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado), bem como os demais integrantes da comissão, se reuniram em audiência pública nesta terça-feira (17) com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para ouvir a explanação do líder da pasta sobre as medidas de ajuste fiscal realizadas pelo Executivo.

Para Delcídio, a presença do ministro ajudou a “quebrar o gelo” com o Congresso e aproximou a equipe econômica dos parlamentares, especialmente do Senado.

”Insisto na tese de que é preciso dialogar com o Congresso, buscando aperfeiçoar as medidas provisórias e transformando alguns dos temas nelas tratados em medidas administrativas”, ressaltou.

De acordo com o senador, em sua fala Barbosa fez uma avaliação macroeconômica da situação e explicou como serão feitos os cortes, que chegam a R$ 18 bilhões e, segundo ele, são necessários para que se alcance o equilíbrio fiscal.

“Ele explicou que essas medidas estão sendo tomadas para alavancar novos investimentos, trazer a inflação para o centro da meta e, ao mesmo tempo, olhar a questão de infraestrutura, da logística e o programa de concessões que o Governo vai retomar, além de dar continuidade às obras do PAC I, do PAC II e ao pagamento das emendas aos municípios”, resumiu.

O senador sul-mato-grossense destacou ainda a fala de Nelson Barbosa na qual rebateu o argumento de que o ajuste fiscal contraria as promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff.

“A economia é dinâmica e ele fez uma comparação com o que aconteceu no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se reelegeu com o câmbio fixo e, depois da crise dos mercados, teve que mudar, tornando o câmbio flexível e definindo as metas inflacionárias”, avaliou.

Na próxima terça-feira (24), a CAE receberá o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e em 31 de março, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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