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Política

Escândalo da Petrobras não atinge partidos do MS, dizem dirigentes

Ludyney Moura | 10/10/2014 18:15
Presidente estadual do PT, Paulo Duarte, estranha divulgação de delação em período eleitoral (Foto: Arquivo/CGNews)
Presidente estadual do PT, Paulo Duarte, estranha divulgação de delação em período eleitoral (Foto: Arquivo/CGNews)
Já Júnior Mochi, presidente regional do PMDB, pondera que se houve corrupção culpados devem punidos (Foto: Marcos Ermínio)
Já Júnior Mochi, presidente regional do PMDB, pondera que se houve corrupção culpados devem punidos (Foto: Marcos Ermínio)

As denuncias de corrupção na maior estatal do país, a Petrobras, não devem atingir os diretórios regionais do partidos que foram citados como beneficiários diretos das propinas cobradas por diretores da empresa, pelo menos é o que acreditam os presidentes regionais das legendas, PT, PMDB e PP.

O presidente estadual do PT, Paulo Duarte, negou que o partido tenha se beneficiado dos supostos desvios. “Primeiro que esse é um vazamento criminoso, tudo combinadinho. Um script feito para prejudicar. Coincidentemente às vésperas da eleição vaza algo que tramita em absoluto sigilo. É o jogo do vale tudo, acusação de uma pessoa que está fazendo de tudo para não ser presa”, declarou o petista.

O presidente regional do PMDB, deputado Júnior Mochi, afirmou que desconhece o teor das investigações. “Que eu saiba o PMDB de Mato Grosso do Sul não usufruiu de dinheiro ilícito. Mas, não vou fazer nenhuma manifestação sem acesso às informações. O PMDB é um partido grande, presente em todo o Brasil, formado de pessoas de todas as formas, e se houve algo errado os que receberam responderão por isso”, destacou Mochi.

Alcides Bernal, prefeito cassado da Capital e presidente estadual do PP, se recusou a atender a reportagem.

Esquema - As gravações feitas pela Justiça Federal com o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revelam que diretores da estatal cobravam 3% de propina para fechar contrato com empresas prestadoras de serviço.

Costa e o doleiro Alberto Yoyssef, principais delatores dos supostos esquemas de corrupção envolvendo a estatal, afirmaram em depoimento que PT, PMDB e PP, recebiam propinas.

Os depoimentos fazem parte do processo sobre desvio e lavagem de dinheiro na refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, que até hoje não foi concluída, e que tinha Paulo Roberto Costa como chefe. Os três partidos citados seriam responsáveis pela indicação de diretores da Petrobras, e em troca recebiam percentual do valor da obra.

Durante os depoimentos, Costa e Youssef citam agentes políticos do PT como o ex-ministro José Dirceu e o tesoureiro nacional da sigla, João Vaccari. Nacionalmente, o partido repudiou as acusações e negou ter recebido dinheiro de corrupção, e afirmou que todas as doações que chegaram ao caixa petista respeitaram as normas legais.

As direções nacionais do PMDB e PP declararam que desconhecem o teor da denúncia porque não tiveram acesso ao conteúdo da delação.

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