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Política

Giroto vai antecipar defesa à CGU e esclarecer trecho de gravação da PF

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 14/07/2015 11:19
Segundo Corrêa, PR vai dar benefício da dúvida para Giroto. (Foto: Fernando Antunes)
Segundo Corrêa, PR vai dar benefício da dúvida para Giroto. (Foto: Fernando Antunes)

Alvo da operação Lama Asfáltica, Edson Giroto (PR), que é ex-secretário estadual de Obras e está afastado de cargo no Ministério dos Transportes, vai antecipar defesa para a CGU (Controladoria-Geral da União) e esclarecer trecho de gravação.

As informações foram repassadas nesta terça-feira pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PR), que esteve ontem com Giroto e lideranças do Partido da República. Conforme o parlamentar, o ex-secretário vai apresentar o documento na próxima sexta-feira.

A CGU apontou superfaturamento em obras da MS-430, que liga São Gabriel do Oeste a Rio Negro, e na avenida Lúdio Martins Coelho, executada com verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Campo Grande.

Paulo Corrêa disse que não pode adiantar detalhes da defesa. Mas um ponto a ser esclarecido é gravação de conversa entre Giroto e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano. Ele é servidor de carreira da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento) e fiscal da obra da MS-430.

No diálogo, Giroto e Beto Mariano citam a necessidade de caixa de empréstimo em trecho da rodovia. Conforme o deputado, que também é engenheiro, Giroto vai justificar que a caixa é feita para conter água. “Nada a ver com outras coisas”, diz Corrêa.

Segundo o deputado estadual, o PR deu a Giroto, que comanda o diretório estadual, o benefício da dívida. Na reunião, Giroto citou que comandou cinco mil obras e apenas duas são questionadas.

Alvos - A operação Lama Asfáltica, deflagrada na quinta-feira pela PF (Polícia Federal), CGU e Receita Federal, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande

As ações foram na mansão de Giroto, na residência do empresário João Amorim (dono da Proteco Construções Ltda), Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e empresas.

Foram apreendidos 100 mil dólares, três mil euros, R$ 210 mil em espécie e R$ 195 mil em cheques. João Amorim e Beto Mariano foram presos por posse ilegal de armas e liberados mediante pagamento de fiança.

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