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Política

Grupos protestam contra ajuste fiscal, mas se dividem sobre impeachment

Os protestos estão marcados para a próxima sexta e domingo

Juliene Katayama | 10/03/2015 14:15
Em protesto com caixões, grupo passou a mensagem do fim do Brasil (Foto: Divulgação)
Em protesto com caixões, grupo passou a mensagem do fim do Brasil (Foto: Divulgação)

Aliados e adversários da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), vão às ruas no fim de semana protestar contra as medidas do ajuste fiscal. No entanto, só uma diferença: a manifestação de sexta-feira é contra o impeachment, enquanto a de domingo vai defender o afastamento da petista.

No dia 13 – número do PT – a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Fetems (Federação dos Profissionais em Educação de Mato Grosso do Sul) organizam uma manifestação contra as medidas provisórias, que na avaliação das entidades, são prejudiciais aos trabalhadores. O movimento é nacional. A expectativa é que reúna 10 mil pessoas na Capital.

“Vamos protestar em defesa da Petrobras, da democracia, contra a mobilização de aplicar um golpe no País, contra a retirada de direitos dos trabalhadores”, explicou o presidente da CUT em Mato Grosso do Sul, Genilson Duarte.

O dirigente disse ainda que o movimento começou no dia 28 de janeiro com a retirada dos direitos dos trabalhadores. “De lá para cá, vem sendo construído a marcha estadual”, contou Duarte. A concentração está marcada para as 9 horas, na Praça do Rádio, em Campo Grande.

Dois dias depois, no dia 15, número do PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer (que assumirá o poder em caso de cassação), diversos grupos que defendem o impeachment da presidente Dilma, participam do movimento nacional. Num só grito, “Fora Dilma”, a expectativa de organizadores é superar o público dos protestos de junho de 2013. “Acredito que seja até maior devido às circunstâncias, está todo mundo irritado com aumentos dos impostos”, afirmou Juan Dibo.

Apesar da indignação em relação à situação do País, principalmente com aumento de impostos, do preço do combustível, da energia elétrica, os manifestantes querem participação pacífica da população. “Esperamos que seja uma manifestação pacífica onde as famílias também possam participar” , completou um dos participantes do grupo Chega de Impostos.

Outro ponto em comum dos dois protestos é o ponto inicial. A concentração do movimento contra Dilma também está marcada na Praça do Rádio, às 16 horas. O movimento vai contar com apoio de outros grupos como o “Pátria Livre”, além da população.

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