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Política

Idade mínima para aposentadoria já é uma convicção, diz Carlos Marun

Deputado de MS preside comissão especial da reforma em Brasília

Leonardo Rocha | 17/02/2017 12:12
Carlos Marun, presidente da comissão, diz que temas polêmicos estão sendo debatidos (Foto: Agência Brasil)
Carlos Marun, presidente da comissão, diz que temas polêmicos estão sendo debatidos (Foto: Agência Brasil)

O deputado Carlos Marun (PMDB), presidente da comissão especial, sobre a reforma da Previdência, revelou que entre os pontos polêmicos, já existe uma convicção dos parlamentares, que vai ser preciso estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria, sendo um dos pilares para reduzir os gastos neste setor.

"Já existe uma convicção que é necessário estabelecer (idade mínima), restando a discussão se será de 65 anos, para os homens e mulheres. Tivemos uma reunião administrativa e duas audiências públicas nesta semana, mas ainda estamos no começo do trabalho", disse Marun.

Ele ponderou que por enquanto, apesar dos debates intensos entre os parlamentares, os trabalhos seguem de forma organizada, sem grandes impasses. "Existe um pouco de tensão, mas sem esculhambação, com tratamento respeitoso, vamos tratar o assunto com serenidade e responsabilidade, com votação prevista para este semestre", pontuou.

O parlamentar de MS adverte que ainda há muita "falácia" sobre o teor do projeto, com análises equivocadas. "As pessoas têm que entender que a reforma não é contra o aposentado, pelo contrário, vai garantir que eles recebam os seus salários no futuro". Ele citou que em estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, os atrasos nos pagamentos já ocorreram.

Marun mencionou que pontos polêmicos, como os 49 anos de contribuição, idade igual para os homens e mulheres, assim como aos trabalhadores rurais, terão amplo espaço para debate, antes de ir a votação. "Algumas questões estão mal colocadas, mas nossa função é esclarecer e analisar com cuidado cada item".

Diferentes - O deputado admitiu que haverá elaboração de projetos diferenciados para os militares, que podem ter a inclusão de policiais e bombeiros. "Eles podem ficar no mesmo regramento, ou até ter um específico, que teria ainda a junção de policiais civis e agentes penitenciários. Sabemos que se trata de uma profissão de risco, e que tem características próprias".

O projeto foi enviado pelo presidente Michel Temer (PMDB) e está sob análise da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado, segue para o Senado Federal, que irá montar sua própria comissão para avaliar o tema, antes de seguir para sanção no Palácio do Planalto.

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