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Política

Janot pede investigação de Lula, Bumlai e mais 29 citados por Delcídio

Michel Faustino | 03/05/2016 16:29
O senador Delcídio do Amaral ao lado do ex-presidente Lula em evento político em MS. (Foto: Arquivo)
O senador Delcídio do Amaral ao lado do ex-presidente Lula em evento político em MS. (Foto: Arquivo)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 30 pessoas no principal inquérito da Operação Lava Jato. A petição encaminhada ao Supremo no dia 28 de abril e divulgada somente nesta terça-feira (03) considera a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido).

Além do pedido contra Lula, Janot recomendou ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo, abertura de investigação contra o pecuarista sul-mato-grossense de José Carlos Bumlai e o próprio Delcídio do Amaral.

A petição implica ainda os ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, e Ricardo Berzoini; senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro, André Moura, Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortês e Manoel Junior, além do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o assessora da Presidência, Giles de Azevedo, a ex-ministra Erenice Guerra, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o banqueiro André Esteves, o ex-ministro Silas Rondeau, o empresário Milton Lyra, o lobista Jorge Luz, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli, o doleiro Lucio Bolonha Funaro, Alexandre Santos, Carlos Willian, João Magalhães, Nelson Bornier e a ex-deputada Solange Almeida, aliada de Eduardo Cunha.

Ao pedir a inclusão de novos envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido Delcídio do Amaral nos acordos de delação premiada.

“Esse aprofundamento das investigações mostrou que a organização criminosa tem dois eixos centrais. O primeiro ligado a membros do PT e o segundo ao PMDB. No caso deste, as provas colhidas indicam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara dos Deputados e o PMDB do Senado Federal. Estes dois grupos, embora vinculados ao mesmo partido, ao que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às indicações políticas para compor cargos relevantes no governo quanto na destinação de propina arrecadada a partir dos negócios escusos firmados no âmbito daquelas indicações”, argumentou Janot.

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