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Política

Metade da bancada federal de Mato Grosso do Sul rejeitou 'distritão'

Dos oito deputados federais, quatro preferiram manter sistema de votação atual

Mayara Bueno | 20/09/2017 09:49
Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Metade da bancada federal de Mato Grosso do Sul votou a favor da proposta que alteraria o sistema eleitoral do País, enquanto o restante se posicionou de forma contrária. Na terça-feira, dia 19, a Câmara dos Deputados analisou a proposta no que se referia ao chamado 'distritão', medida que foi rejeitada por 238 parlamentares.

O posicionamento dos oito deputados federais de MS seguiu o que eles já tinham afirmado ao Campo Grande News. Do grupo dos favoráveis, estão: Elizeu Dionísio; Geraldo Resende; ambos do PSDB, Carlos Marun (PMDB) e Tereza Cristina (PSB).

Os contrários foram Luiz Henrique Mandetta (DEM); Zeca do PT; Vander Loubet (PT); Dagoberto Nogueira (PDT). A proposta rejeitada ontem tratava do chamado 'distritão', um modelo de transição nas eleições de 2018 e 2020 e o sistema distrital misto a partir de 2022. Atualmente, o sistema em vigor é o chamado proporcional.

Neste caso, para um deputado ser eleito, é preciso fazer um cálculo entre o número de votos que ele recebeu e o coeficiente eleitoral atingido por seu partido ou coligação.

Se o 'distritão' passasse, a escolha de deputados federais, estaduais e vereadores nas duas próximas eleições se tornaria majoritário e seriam eleitos os candidatos mais votados em cada estado.

No modelo distrital misto, o eleitor teria de votar duas vezes, uma nos candidatos e a outra vez em candidatos de uma lista apresentada pelos partidos.

O que falam os deputados - Para Zeca do PT, o 'distritão' "não serve" para o País, pois o modelo acaba com os partidos políticos. Por outro lado, o parlamentar afirma que o melhor será o fim das coligações, limitando o número de vagas dos partidos.

Também contrário, o deputado Dagoberto Nogueira, o sistema proposto, se aprovado, prejudicaria partidos menores e ainda poderia cometer algumas injustiças "na questão ideológica. "Assume o risco de eleger muito tiririca, jogador de futebol e dono de igreja", disse.

A reportagem não conseguiu falar com os deputados Vander Loubet, Luiz Henrique Mandetta, ambos votaram contra, e Tereza Cristina, que votou sim.

"Foi o encaminhamento de quem pensa de forma divergente", disse o deputado Elizeu Dionísio (PSDB), que votou a favor. Carlos Marun também se posicionou favorável ao 'distritão'.

Geraldo Resende, do PSDB, acredita que o 'distritão' seria "o mais justo" e a aprovação do sistema seria caminho para o modelo misto. "Infelizmente nós vamos conviver nesse cenário totalmente conturbado".

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