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Política

"Mil homens na rua", anuncia Marquinhos sobre fiscalização do toque de recolher

Prefeitura segue decreto do governo do Estado e diz que, por dia, equipes de fiscalização terão 300 pessoas

Marta Ferreira e Nyelder Rodrigues | 10/03/2021 17:43
Marquinhos Trad ao lado do chefe do MPMS, Alexandre Magno Lacerda (de terno) durante reunião nesta tarde. (Foto: Kísie Ainoã)
Marquinhos Trad ao lado do chefe do MPMS, Alexandre Magno Lacerda (de terno) durante reunião nesta tarde. (Foto: Kísie Ainoã)

O combate a eventos clandestinos que chegam a reunir multidões, desafiando a orientação de distanciamento social, foi apontado nesta tarde por autoridades como um dos principais focos para tentar frear a situação caótica de contágio pela covid-19 em Campo Grande.

Para isso, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que vai colocar mil servidores na rua, em revezamento que prevê equipe de 300 integrantes por dia, para combater as transgressões ao decreto estadual determinando toque de recolher às 20h a partir de domingo (dia 14).

Esse número considera guardas civis metropolitanos e servidores das áreas que normalmente fiscalizam a questão, como Semadur (Secretária de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e Vigilância Sanitária.

Com a publicação do decreto do governo do Estado, Marquinhos se reuniu com representantes de órgãos ligados ao controle da emergência sanitária. A pandemia já matou mais de 1,5 mil pessoas e, neste momento, lota os hospitais públicos e privados.

O decreto estadual se sobrepõe ao municipal”, afirmou Marquinhos.

Pela regra decidida, a o "fique em casa" obrigatório começa no domingo e vigora até o dia 19.

No dia 18, está prevista nova reunião para decidir como será feito em Campo Grande. A esperança, é diminuir a circulação de pessoas, reduzir o contágio do vírus e, de quebra, também outros motivos que pressionam a rede hospitalar, como acidentes de trânsito.

Tem que coibir - Presentes à reunião, o procurador-chefe do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Alexandre Magno Lacerda, e  o presidente da OAB/MS, Mansur Karmouche, defenderam a fiscalização rígida para cumprimento das restrições.

O Ministério Público vai cobrar com firmeza ações para que o decreto seja fiscalizado e ainda ocorra punição de quem for flagrado, afirmou o procurador. Segundo ele, é preciso “vigor da Polícia Militar, da Guarda Metropolitana para que as pessoas realmente deixem de transitar e participar de aglomerações.

Karmuche citou a “juventude” como um dos grandes problemas no controle do contágio do novo coronavírus, ao fazer eventos clandestinos. “Você vê aí, como a imprensa vem mostrando, festas, shows sertanejos...”, comentou. O advogado Disse que ligaria para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), para pedir empenho nas ações de controle do cumprimento das medidas adotadas, por parte dos órgãos de segurança estaduais.

Regras - Além do horário permitido para estar nas horas, também foi determinado que setores não essenciais não poderão funcionar no domingo, quando o fechamento terá de ser às 16h, inclusive para templos religiosos, que não estão em condição de setor essencial na medida adotada pela administração estadual.

Sobre isso, o prefeito Marquinhos citou que elas tem o dia todo, até as 20h, para celebrar cultos e missas. Além disso, lembrou, podem fazer programação on-line. “Dá para pregar uma Bíblia inteira”, resumiu.

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