Ministras aproveitam evento para revelar vivências na política

Em uma solenidade com muitas mulheres repartindo o protagonismo com os homens, esta manhã, no Bioparque Pantanal, as ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) acabaram sendo bastante subjetivas e falando de vivências pessoais na política. Simone chegou a se emocionar, relembrando a difícil escolha feita no ano passado, após ficar em terceiro lugar na disputa presidencial e apoiar o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em um estado em que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha preferência.

Ela mencionou que aparecia no Estado, depois de cerca de um ano atuando no Governo Lula, “de cabeça erguida”, enaltecendo os feitos realizados ao longo do ano pela atual gestão. Comentou que enfrentou dificuldades para vir a Mato Grosso do Sul em meio à disputa presidencial, “em um momento conturbado”, diante da polarização. Disse acreditar que daqui um tempo, muitas pessoas compreenderão a escolha dela, atribuindo à defesa da democracia, retomando análise que já fez em outras oportunidades.

Simone aproveitou a presença de Soraya Thronicke (Podemos) e Nelson Trad Filho (PSD) para dizer que não sente saudades do Senado Federal, que ocupou até o final do ano passado. “Estou muito feliz ao lado do presidente Lula ajudando nesse processo de reconstituição de União.”

Em seguida descreveu os resultados na área econômica, dizendo que trazia uma mensagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a equipe está “combatendo a inflação que está dentro da meta, fazendo o Brasil crescer acima da média mundial.” Simone ainda destacou outras ações, como a construção de moradias e a oferta de medicamentos.

Poliana – Marina Silva também proferiu uma fala revelando suas vivências na política. Ela comentou que o evento, para anúncio de ações de combate à fome, colocavam no mesmo cenário três ex-candidatas à presidência, referindo-se a si, à Simone e à Soraya. Revelou a satisfação de ver que mulheres mais jovens ingressavam na política, apontando ainda a presença de Camila Jara, deputada federal (PT).

“É muito bom chegar aos 65 anos depois de lutar desde os 17 anos e ter para quem passar o bastão”, mencionou. Marina ainda distribuiu agradecimentos às pessoas que estavam no evento, que antecedeu a sanção da Lei do Pantanal. Elogiou o governador Eduardo Riedel (PSDB), dizendo que era ligado ao agro, mas comprometido com o conhecimento científico, tendo valorizado o trabalho de técnicos para a elaboração da lei. Disse que via essa preocupação com a ciência em favor do meio ambiente nele e no governador do Pará, Hélder Barbalho, estado amazônico que tem problemas graves de desmatamento e crimes ambientais.

Por fim, Marina disse que ouvia que tinha uma visão “poliana” dos fatos, relembrando a comparação pelo já falecido Plínio de Arruda Sampaio, advogado famoso, que ocupou cargos políticos em São Paulo e chegou a concorrer à presidência da República. Na verdade, mencionou, isso ocorria porque ela prefere uma visão positiva da realidade. “Então, não gosto de falar do que está ruim, eu gosto de falar do que está bom.”