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Política

Ministro Henrique Eduardo Alves, citado na Lava Jato, pede demissão

João Humberto | 16/06/2016 15:21
Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro nomeado pelo presidente interino Michel Temer a deixar o governo (Foto: Alan Marques/Folhapress)
Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro nomeado pelo presidente interino Michel Temer a deixar o governo (Foto: Alan Marques/Folhapress)

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu demissão do cargo de ministro do Turismo nesta quinta-feira (16). Conforme informações do portal UOL, a confirmação foi feita pela SIP (Secretaria de Imprensa da Presidência da República), que ainda não destacou os motivos que acarretaram na demissão.

Na quarta-feira (15), Henrique Eduardo Alves teve o nome envolvido na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Ele informou que o ministro teria recebido R$ 1,55 milhão em doações eleitorais proveniente de propina do esquema investigado pela Operação Lava Jato.

Via twitter, Henrique chamou a delação de Machado de “leviana”. Ele disse que repudiava com veemência a irresponsabilidade e leviandade das declarações de Machado.

Conforme Alves, todas as doações para suas campanhas foram oficiais, inclusive com prestações aprovadas e disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele é o terceiro ministro nomeado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) a deixar o governo.

Henrique Alves é alvo de dois pedidos de abertura feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não se pronunciou. De acordo com o UOL, em um deles, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pede que ele seja investigado por suspeitas de envolvimento no chamado “quadrilhão” investigado pela operação. Em outro, segundo a matéria, o foco é a relação de Henrique Alves com o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro.

Suporte – Henrique Alves ainda é suspeito de fazer parte do grupo de políticos do PMDB que deu suporte ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para que continuasse no cargo em troca de propinas destinadas ao PMDB. O ministro ainda é suspeito de ter recebido propina do petrolão para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

(Com informações do UOL)

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